AIDS, longa duração e o trabalho do tempo: narrativas de homens que vivem com HIV há mais de 20 anos

Autores

  • Marcio Bressiani Zamboni Universidade de São Paulo

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre como as experiências de sofrimento associadas à epidemia de HIV/Aids são (re)vividas e narradas por homens homossexuais em processos longos e descontínuos de convivência com o vírus. O trabalho de campo foi realizado na cidade de São Paulo junto a uma rede de homens e mulheres homossexuais na faixa dos 40 a 55 anos, geração que sofreu dramaticamente o primeiro momento da epidemia no país. Utilizando o conceito de trabalho do tempo, desenvolvido por Veena Das, pretende-se analisar como experiências extraordinariamente dolorosas são agenciadas pelos indivíduos no universo do cotidiano, sendo delicadamente costuradas em certas formas de vida. No conjunto de novas formas de subjetivação que caracterizam o processo de reestruturação do cotidiano após o período mais intenso da crise, a medicalização tem um lugar de destaque. Deve-se atentar, no entanto, para outras estratégias de agenciamento, como as relações afetivas e familiares.

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Biografia do Autor

Marcio Bressiani Zamboni, Universidade de São Paulo

Mestre em antropologia pelo PPGAS-USP. Doutorando em Antropologia no mesmo programa.

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Publicado

22.10.2015

Como Citar

Zamboni, M. B. (2015). AIDS, longa duração e o trabalho do tempo: narrativas de homens que vivem com HIV há mais de 20 anos. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(42). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/22755

Edição

Seção

Nº 42 - DOSSIÊ ANTROPOLOGIA DAS DOENÇAS DE LONGA DURAÇÃO