EXPROPRIAÇÃO E TRABALHO DE MULHERES EXTRATIVISTAS EM SERGIPE
Resumo
O artigo se debruça sobre a expropriação e a reorganização do trabalho de mulheres extrativistas no processo de mudança do acesso livre para o acesso privado aos recursos naturais (plantas) dos quais extraíam a mangaba em um estabelecimento de Sergipe. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso com observações e entrevistas (abertas e semiestruturadas) com 23 catadoras de mangaba que coletam ou já coletaram mangaba no estabelecimento, três pesquisadores e três técnicos no município de Barra dos Coqueiros, Sergipe. As principais conclusões mostram que: i) tensões foram vivenciadas em virtude da reivindicação da desapropriação do estabelecimento por interesse social, mas a desproporcionalidade de forças garantiu o direito do proprietário; e ii) a mudança do acesso livre para o acesso privado influiu na perda de autonomia das catadoras na organização do trabalho (jornada, horário e controle do instrumento), na compreensão e na viabilização das regras para o manejo das plantas e nos papéis dos diversos atores envolvidos no extrativismo, particularmente no que diz respeito à conservação da biodiversidade.Downloads
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Publicado
26.06.2017
Como Citar
Schmitz, H., Mota, D. M. da, Silva Junior, A., & Oliveira, E. P. de. (2017). EXPROPRIAÇÃO E TRABALHO DE MULHERES EXTRATIVISTAS EM SERGIPE. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 1(45). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/30442
Edição
Seção
Nº 45 - DOSSIÊ REORDENAMENTO AGRÁRIO E REPRODUÇÃO SOCIAL