INCLUSÃO PRECARIZADA E IDENTIDADES SEQÜESTRADAS NA NOVA ORDEM SOCIAL DO TRABALHO

Resumo

A constante renovação e modernização das formas de exploração do trabalho constituem-se nos elementos fundamentais que explicam o processo de exclusão social, expressão da natureza do capitalismo. Apesar de ativos no processo de criação e reprodução de riqueza, os trabalhadores vivem momentos de permanente desqualificação no seu trabalho, tendo desvirtuada a capacidade de criar vínculos sociais e sentidos de vida. Neste artigo, busca-se investigar a noção de exclusão social pela exclusão do trabalho e a política de incetivo à qualificação profissional enquanto proposta de (re)inserção dos sujeitos. Esta política, por si só, não é garantidora de emprego e renda e nem pode recuperar lugares sociais perdidos. No âmbito das ações dos programas de qualificação, privilegiam-se mais os aspectos técnicos e quantitativos na formação do sujeito, proporcionando a elevação do nível de escolarização dos trabalhadores e a sua adaptação ao processo de flexibilização da força de trabalho. O público é orientado para o aperfeiçoamento de capacidades individuais, mobilidade profissional, competitividade e gestão da força de trabalho, ao mesmo tempo em que sua participação política é enfraquecida. este cenário de permanente desconstrução da vida social do trabalhador vem atualizar o sentido da pobreza e da exclusão no contexto da relação social de produção em curso sem, no entanto, modificar o modelo concentrador na distribuição da riqueza. Palavras-chave: Inclusão. Trabalho. Qualificação Profissional. Exclusão Social.