TERCEIRIZAÇÃO E INTERMEDIAÇÃO DE TRABALHO TEMPORÁRIO NAS PARADAS DE MANUTENÇÃO
o caso da Companhia Siderúrgica Nacional em Volta Redonda (RJ)
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.1517-5901.2020v1n52.52503Resumo
O presente artigo tem como objetivo analisar a construção social de um mercado de trabalho temporário nas atividades de “paradas de manutenção” da Usina Presidente Vargas (UPV), pertencente à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda, estado do Rio de Janeiro. Tais atividades paralisam total ou parcialmente a usina, visando a manutenção e limpeza dos equipamentos e elevam sensivelmente a demanda por trabalhadores. Uma série de instituições e atores são mobilizados de forma a realizar o encontro entre ofertantes e demandantes de trabalho temporário, conformando um mercado de trabalho específico para essa atividade. O presente estudo se insere nos debates da sociologia econômica, que tem como premissa analisar os “fenômenos econômicos” como fatos socialmente construídos e imersos em relações sociais. Utilizou-se, fundamentalmente, uma abordagem metodológica qualitativa, através de entrevistas presenciais com diferentes atores articulados a esse mercado de trabalho. Os principais resultados mostraram que o arranjo institucional herdado historicamente da cidade de Volta Redonda, interagindo com novas relações de trabalho temporário, terceirizadas e quarteirizadas, conforma a manutenção e reprodução desse mercado, reduzindo as incertezas no contexto intermitente das “paradas de manutenção”.
Palavras-chave: Mercado de Trabalho. Sociologia Econômica. Trabalho Temporário. Terceirização.