MONTAIGNE E MERLEAU-PONTY: coexistência e reversibilidade

Autores

  • Paulo Tarso Cabral de Medeiros

Resumo

Realçando a atualidade do pensamento de Montaigne, e o uso interessado (como aliado) que dele faz Merleau-Ponty, ressoando sua crítica ao pensamento de sobrevoo e a opção por uma lógica encarnada (na qual o Tempo é também expansão da região sensível por onde o corpo vidente-visível imiscui-se) para reencontrarmos ao fim sua definição de liberdade como coexistência de campos heterogêneos em embate permanente: necessidade abolindo sim o acaso, ora a pura contingência determinando vetores histórico. Tema retomado, noutra direção, por Deleuze, cujas noções de investimento, micro-poderes, e de poder como agenciamento coletivo de desejos implicam no pressuposto da coexistência e reversibilidade entre necessidade e acaso, como se ecoássemos certa noção de dobra que já se anunciava nas inacabadas notas de trabalho de Merleau-Ponty. Palavras-chave: Montaigne. Merleau-Ponty. Deleuze. Necessidade, Acaso e Dobra.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

09.12.2000

Como Citar

de Medeiros, P. T. C. (2000). MONTAIGNE E MERLEAU-PONTY: coexistência e reversibilidade. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, 16, 101–113. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/6458