MULHERES, MIGRANTES, MILITANTES

Tecendo redes globais de cuidados no setor do trabalho doméstico em São Paulo

Autores

  • Jana Silverman Penn State University

Resumo

Como pais de desenvolvimento tardio e de imensas desigualdades econômicas e sociais, o Brasil se caracteriza por ser tanto um país de origem quanto receptor de trabalhadoras domésticas migrantes.  As domésticas migrantes chegando no Brasil desde outros países se inserem numa nova/antiga logica de cadeias globais de trabalho de cuidados.  A existência dessas cadeias está mudando as dinâmicas da distribuição do trabalho doméstico remunerado e não-remunerado, reconfigurando relações sociais e trabalhistas marcadas por classe, raça e gênero no Brasil.  Na cidade de São Paulo, onde concentra o maior número de migrantes no país, mulheres trabalhadoras de diversas origens nacionais estão na vanguarda destas cadeias transnacionais, redefinindo suas papeis como cuidadoras, migrantes, e militantes sociais e sindicais.  Neste artigo, exploraremos o conceito teórico e o funcionamento pratico das cadeias globais de cuidados, com um olhar particular para redes transnacionais Sul-Sul.  Especificamente, este artigo analisará a experiencia da organização sindical das domésticas migrantes em São Paulo, documentando os desafios e oportunidades para ação coletiva em prol da defensa dos direitos das migrantes a escala local, nacional e internacional.  Postulemos que a ação sindical das migrantes domésticas avançou muito em pouco tempo devido a fortalecimento de parcerias estratégicas e a emergência de líderes novas, mas ao mesmo tempo está sendo delimitada por uma falta de recursos de poder sindical estrutural e associativo, além da conjuntura econômica desfavorável. 

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Publicado

26.07.2023

Como Citar

Silverman, J. (2023). MULHERES, MIGRANTES, MILITANTES : Tecendo redes globais de cuidados no setor do trabalho doméstico em São Paulo. Política & Trabalho: Revista De Ciências Sociais, (58). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/politicaetrabalho/article/view/65202

Edição

Seção

N° 58 TRANSNACIONALIZAÇÃO PRODUTIVA E RESPOSTAS DO MUNDO DO TRABALHO