Semântica, empirismo e filosofia<a href="http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v4i1.15705"><i> <b>[doi: 10.7443/problemata.v4i1.15705]</i><b></a>
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v4i1.15705Palavras-chave:
semântica formal, empirismo, filosofia, ceticismo, dogmatismo, fenomenologiaResumo
Esse artigo desenvolve nos dois primeiros capítulos uma avaliação das semelhanças entre, por um lado, as repercussões filosóficas da semântica formal, entendida como uma teoria puramente semântica da verdade; e, por outro, os pressupostos do empirismo, entendido como uma posição epistemológica que afirma a primariedade da contribuição dos dados dos sentidos na composição do conhecimento. O empirismo será exposto como um pronunciamento filosófico intermediário entre a epistemologia e a semântica, baseando-se no fato de que a concepção epistemológica a que ele remete tem traços que prenunciam um parentesco com a semântica. Os traços heterogêneos dessa concepção são, a saber, os envolvidos na ideia de que o conhecimento não depende do conteúdo da relação de preenchimento cognitivo, mas unicamente da forma dessa relação. Coerentemente, a concepção semântica da filosofia será exposta como uma radicalização da linha empirista, como o preço por levá-la às últimas consequências. Uma vez esboçados esses traços, o artigo tentará extrair conclusões sobre a natureza da semântica do ponto de vista filosófico, discutindo a partir daí a reivindicação dessa disciplina como substituta filosófica da metafísica e da epistemologia. Nossa conclusão será que, uma vez que a semântica subentende e radicaliza os pressupostos empiristas, semelhante disciplina apenas pode fazer um pronunciamento filosófico de peso como uma repetição da fórmula pré-crítica que polariza as perspectivas filosóficas em dogmáticas e céticas. O final do artigo procurará apresentar esse diagnóstico diante de um confronto com a fenomenologia.
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