CONSCIÊNCIA, PENSAMENTO E AÇÃO NO PRAGMATISMO DE WILLIAM JAMES

Autores

  • Fernando Cesar Pilan IFSP - Instituto Federal de São Paulo - Campus Boituva

DOI:

https://doi.org/10.7443/20933

Palavras-chave:

Pensamento, Ação, Consciência, Pragmatismo

Resumo

O objetivo do presente trabalho é investigar as noções de consciência, pensamento e ação em William James e compreender em que sentido estas atividades de nossa mente constituem-se em um fluxo contínuo experiencial. James nega a existência de uma entidade chamada consciência, entendida nos moldes dualistas como uma instância ou substância imaterial. Ao contrário, ela teria um papel fundamental na experiência do indivíduo. Esta dinâmica da atividade consciente se daria em um processo auto-seletivo que consistiria no seguinte: seria impossível para a consciência dedicar-se intensamente a todas às ações que ocorrem a todo o momento; então, a consciência teria a capacidade de selecionar sua intensidade de acordo com a necessidade de cada momento. Teríamos momentos em que a consciência se manifestaria atentamente, e momentos em que a consciência atuaria perifericamente, o que James chama de “bordas da consciência”. Segundo o autor teríamos uma constituição cognitiva marcada por um fluxo contínuo, extremamente adaptativo e dinâmico, que extrai da contingência do real sua própria compreensão da realidade, o que serve como base para as ações do indivíduo no mundo. Em suma, a filosofia de James nos apresenta uma compreensão continuísta, na qual pensamento e ação não são vistos como sendo capacidades distintas em um organismo, mas entendidos como atividades complementares e relacionais.

 

[doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v5i2.20933]

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Referências

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Publicado

10-12-2014

Edição

Seção

Artigos