AS INSUFICIÊNCIAS NA ANALÍTICA EXISTENCIAL E OS POSICIONAMENTOS HEIDEGGERIANOS SOBRE A QUESTÃO DO CORPO
DOI:
https://doi.org/10.7443/22178Palavras-chave:
Heidegger, Fenomenologia, Dasein, ser-no-mundo, corpoResumo
A Fenomenologia de Martin Heidegger difere da husserliana, em um dos seus pontos capitais, pelo fato de tomar a investigação da subjetividade através do seu âmbito mais imediato e próprio: a cotidianidade. Isso coloca o pensamento heideggeriano num caminho alternativo à Filosofia Moderna, instaurada por Descartes e que, predominantemente, tomou o sujeito como uma instância de cunho fundamentalmente anímico-cognoscitivo. A consequência disso é que a subjetividade heideggeriana constitui-se enquanto ser-no-mundo (In-der-Welt-Sein). Partindo dessa perspectiva, o presente artigo trata de três momentos distintos, todavia intercalados. O primeiro é apresentar critérios a partir dos quais o horizonte do corpo é avaliado como um aspecto de clara relevância fenomenológica para a apreensão do fenômeno da existência enquanto intencionalidade. O segundo é mostrar em que momentos a analítica existencial “reclama” uma fenomenologia da corporalidade e, por último, averiguar se há a possibilidade de, a despeito do silêncio existente em Ser e Tempo sobre o tema do corpo no modo-de-ser do Dasein – e até mesmo a falta de uma obra que tome essa questão em primeiro plano –, encontrar elementos no pensamento heideggeriano que sustentem um posicionamento consistente sobre o corpo.
[doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v5i2.22178]
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