DEVORANDO BERGSON: UM ENSAIO ANTROPOFÁGICO
DOI:
https://doi.org/10.7443/24243Palavras-chave:
Antropofagia, Filosofia latino-americana, Filosofia indígena, Metafísica, Libertação.Resumo
O filósofo Oswald de Andrade (1890-1954), descredenciado como tal pela academia brasileira até hoje, talvez seja a mais inspiradora referência quando se busca uma relação intelectual não submissa com as metrópoles culturais europeias. É possível encontrar em seu pensamento uma nova maneira de interagir com o que nos chega do velho continente: ao invés de simplesmente aceitarmos a cultura europeia sem ressalvas, podemos devorá-la de acordo com nossos próprios interesses, ecoando nossas práticas ritualísticas ancestrais. Transpondo o ideal literário-modernista oswaldiano, devemos ser capazes de deformar, subverter, desconstruir e desfigurar o pensamento filosófico europeu segundo nossas necessidades contextuais locais. A antropofagia seria o método brasileiro por excelência, através do qual seríamos capazes de repudiar, assimilar ou superar a cultura do invasor para conquistar nossa própria autonomia intelectual. Este ensaio vislumbrou a aplicação da técnica filosófico-antropofágica oswaldiana na interação com o pensamento de Henri Bergson (1859-1941), metafísico francês bastante caro para a superação do positivismo em terras tupiniquins.
[doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v6i1.24243]
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Referências
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