UM FA(R)DO TROPICAL: COLÔNIA, CULTURA E PODER
DOI:
https://doi.org/10.7443/24251Palavras-chave:
Fado, Colonialidade do pensamento, Colonização, Oswald de AndradeResumo
Este artigo tem como objetivo analisar a colonização como um fenômeno epistemológico e a sua influência para a produção do conhecimento no Brasil. O fado tropical, que evoca a canção de Chico Buarque, servirá como metáfora para tratar do “fardo” que marca a subjetividade daqueles em outro tempo colonizados: a repetição do padrão hegemônico movida pelo desejo de ser como a Metrópole. Se em alguns a cópia marca um conhecimento produzido sob a marca da colonialidade do pensamento, em outros, como Oswald de Andrade, ela serve como possibilidade de desconstrução e sátira da dependência.
[doi:http://dx.doi.org/10.7443/problemata.v6i1.24251]
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