AMOR MUNDI:
UMA RESPOSTA RADICAL A UMA DESESPERANÇA POLÍTICA RADICAL
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v10i3.49132Palavras-chave:
Amor mundi. Revolução Húngara. ArendtResumo
O presente texto objetiva apresentar uma análise sobre o significado do conceito amor mundi em Arendt, principalmente na obra em que a filósofa tencionou assim denominá-la, A condição humana (2014). Para tanto, inicialmente esclareceremos, em linhas gerais, a via de investigação interpretativa da própria autora, assim denominada “caçar pérolas”, visto que tal modus operandi elucida o uso do termo por Arendt. Em seguida, avaliamos as implicações políticas do amor mundi como um sentimento de pertença, uma disposição para a convivência, responsabilidade pelo mundo. Essa disposição para a convivência foi motivada pela Revolução Húngara, evento em que Arendt considera decisivo para, no contexto de apatia política reinante, cujo ápice foi o surgimento do totalitarismo, com as “fábricas de cadáveres” dos campos de concentração, “estar em casa”, sentir-se parte integrante e edificadora do mundo. Como referências principais elegemos as obras A condição humana e A ação e a busca da felicidade.
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