A FILOSOFIA AFRICANA COMO CAMINHO MULTIEPISTEMOLÓGICO NA ACADEMIA BRANCA

Autores

  • Valmir Pereira Universidade Estadual da Paraiba.

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v10i2.49148

Palavras-chave:

Epistemicídio, Academia Branca, Filosofia Africana, Universidade Multiepistemológica, Bolha Filosófica

Resumo

Este artigo analisa a situação da filosofia africana nos meios acadêmicos e as formas como é tratada. Assim, o objetivo desse estudo é apresentar o espaço universitário brasileiro como expressão do pensamento europeu, etnicamente branco, embora sua comunidade acadêmica seja composta por diferentes etnias. Posteriormente, apresentaremos as consequências dessa ocidentalização na filosofia e seus desdobramentos para as diversas formas de produção de conhecimento que são silenciadas pelas mentes colonizadas. Por último, abordaremos as formas de resistência e disputas teóricas para efetivar as práticas de diferentes concepções filosóficas, que na academia branca são invizibilizadas. Como resultado, esta pesquisa aponta que apesar do epistemicídio silencioso na Universidade, existem diferentes maneiras de se inserir nos processos de emancipação e difusão de outras epistemologias. Nesse sentido, concluímos que é necessário transformar os Currículos para que a Universidade seja multiepistemológica, com diferentes abordagens filosóficas, para além da academia branca.

 

 

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Biografia do Autor

Valmir Pereira, Universidade Estadual da Paraiba.

Departamento de Filosofia, com atuação na área de Filosofia da Educação; Ensino de Filosofia; Descolonização Curricular; Filosofia Africana; Marxismo e Educação; Políticas Educacionais.

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Publicado

21-11-2019