FILOSOFIA AFRICANA E PRÁXIS ANCESTRAIS FEMININAS:

A SABEDORIA QUE “RENASCE” COM VESTES DE DIAMANTE

Autores

  • Adilbenia Freire Machado UFC

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v11i2.54033

Palavras-chave:

Cosmoencantamento, Saberes ancestrais femininos, Ser-tão, Escuta sensível

Resumo

Este artigo tenciona dialogar brevemente sobre os saberes ancestrais femininos nas filosofias africanas. Para isso, apresenta uma crítica à forma como as mulheres são apresentadas no pensamento filosófico ocidental e a sua ausência na construção do pensamento da filosofia africana contemporânea, propondo a descolonização do conhecimento e de todos os sentidos. Assim, privilegiamos as vozes de mulheres negras africanas e da diáspora, falando a partir das enunci(ações) do cosmoencantamento, do ser-tão que nos habita, da escuta sensível e do feminino que nos tece desde memórias ancestrais.

 

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Publicado

22-07-2020