A VERACIDADE DAS PERCEPÇÕES CLARAS E DISTINTAS: UMA ANÁLISE DA TEORIA EPISTEMOLÓGICA DE DESCARTES

Autores

  • Marcos Alexandre Alves Universidade Franciscana - UFN

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v12i1.54334

Palavras-chave:

Epistemologia, Evidência, Clareza, Distinção, Certeza, Intuição

Resumo

O presente artigo examina a teoria epistemológica de Descartes e coloca em relação duas teses aparentemente excludentes entre si. A primeira tese defende que, enquanto o sujeito cognoscente detém sua atenção a uma percepção clara e distinta não há possibilidade alguma da mesma ser falsa; a segunda afirma que, ao vigorar a hipótese do gênio maligno não se pode ter certeza nem mesmo das proposições que pareçam ser as mais evidentes. Mostra que a oscilação entre a indubitabilidade de uma evidência atual e a dúvida hiperbólica engendrada pelo gênio indica que a verdade das percepções claras e distintas remete ao tempo e ao modo como são percebidas. Defende que o antagonismo entre essas duas teses se dissolve ao se ter presente que as evidências atuais são fundadas na intuição pura e os conhecimentos que sofrem interferência da imaginação, da percepção sensível e da memória, somente podem alcançar um grau de certeza científica com a prova da existência divina. 

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Biografia do Autor

Marcos Alexandre Alves, Universidade Franciscana - UFN

Doutor em Educação - PPGE/UFPel. Mestre em filosofia - PPGF/UFSM. Licenciado em Filosofia - FAFIMC. Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa, Professor do Curso de Filosofia, do Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens e do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática - Universidade Franciscana - UFN.

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Publicado

17-08-2021

Edição

Seção

Artigos