A TEORIA HEGELIANA DA JUSTIFICAÇÃO MORAL
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v11i4.56364Palavras-chave:
Hegel, Epistemologia moral, Justificação, Intuicionismo, Construtivismo kantianoResumo
O artigo tem dois objetivos mutuamente interligados: o primeiro é interpretar a transição da moralidade para a ética nas Linhas fundamentais da filosofia do direito como uma teoria da justificação moral; o segundo é mostrar o significado dessa teoria para a filosofia contemporânea. Dessa forma, o artigo procura retomar a reflexão hegeliana para lançar luz sobre alguns limites do debate contemporâneo acerca da epistemologia moral e, a seguir, apresentar uma possível alternativa. Para tanto, o texto hegeliano é posto em diálogo com as teses centrais do intuicionismo, de um lado, e do construtivismo kantiano, de outro, na medida em que representam as formas contemporâneas que têm mais autoridade, respectivamente, a do fundacionalismo e a do coerentismo ético.
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