AS IMPLICAÇÕES ANTIDEMOCRÁTICAS DO TRANSUMANISMO
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v13i2.61232Palavras-chave:
Francis Fukuyama, Transumanismo, Democracia, Fim da históriaResumo
O objetivo deste trabalho é apresentar a tese do filósofo e economista nipo-americano Francis Fukuyama, conhecida como “fim da história”, para refletir sobre o argumento central dessa tese de que o transumanismo representa um problema para a democracia. Para tanto, será realizada uma análise conceitual, a partir de trechos selecionados, dos trabalhos de Fukuyama intitulados O fim da história e o último homem, Our posthuman future e “Transhumanism”. Segundo Fukuyama, uma vez que os resultados da biotecnologia permitem cada vez mais aos humanos controlar sua própria evolução, também podem permitir que os humanos alterem sua própria natureza. Dessa forma, Fukuyama argumenta que um resultado possível da alteração da natureza humana de alguns indivíduos pode ser a desigualdade radical, o que colocaria em risco a democracia liberal. Com base nesse argumento de Fukuyama busca-se refletir sobre as possíveis implicações negativas do transumanismo para a democracia em geral.
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