JUNGER E O TRABALHADOR:
AS CONVICÇÕES SOBRE UMA NOVA ORDEM
DOI:
https://doi.org/10.7443/problemata.v13i2.61685Palavras-chave:
Ernst Junger, Gestalt do trabalhador, Typus, Mundo do Trabalho, Mobilização TotalResumo
Dos textos entre guerras, advogaremos que as análises de Ernst Junger acerca da Gestalt do trabalhador apontam para uma nova ordem planetária. Junger exalta o domínio de um novo Tipo humano, expresso no trabalhador, responsável pela mobilização técnica total. Enquanto via de enfrentamento ao niilismo e planificação do mundo mediante a superação da burguesia, o trabalhador surge como uma forma de poder impessoal, sobre o qual repousa destino da Terra, e pelo qual dá-se não só o esvaziamento ativo dos valores da velha ordem, mas a possibilidade de um mundo mais elementar, onde não há um só átomo alheio ao trabalho. Mobilizando todas as forças da cadeia produtiva, o trabalhador surge como fruto e agente configurador da totalidade do trabalho. Na contramão do estado de comodidades propagandeados pela burguesia, ele é capaz de originar uma nova forma de exercer o poder, por mais perigosa e dolorosa que seja.
Downloads
Referências
ARAUJO, T. A metafísica da Gestalt do trabalhador em Der Abeiter, de Ernst Junger. In: Contemporânea: Revista de Ética e Filosofia Política, v. 1, n. 1, pp. 01-21, jul. 2015
BLOK, V. Ernst Jünger’s philosophy of tecnology: Heidegger and the poetics of the anthropocene. New York: Routledge, 2017.
COELHO, V. O. P. A técnica como totalidade: a mitologia política de Ernst Jünger no entreguerras. Porto Alegre: Editora Fi, 2020
COELHO, V. O. P. Ernst Junger e o demônio da técnica: modernidade e reacionarismo. In: Revista Topoi. v. 18, n. 35, pp. 246-273, mai. 2017
COELHO, V. O. P. Ernst Junger: figuras do conservadorismo. In: Pandaemonium, v. 22, n. 37, pp. 129-157, mai. 2019
COCCO, R. As incidências das reflexões de Jünger no conceito de técnica de Heidegger. In: Sapere Aude, v.10, n. 20, pp. 613-633, jul. 2019
HEIDEGGER, M. Acerca de Ernst Junger. Buenos Aires: El Hilo de Ariadna, 2013.
HERF, J. El modernismo reaccionario: tecnología, cultura y política em Weimar y el Tercer Reich. México: Fondo de Cultura Económica, 1990
JUNGER, E. A mobilização total. In: Natureza Humana, v. 4, n. 1, p. 189-216, jun. 2002
JUNGER, E. An der Zeitmauer. Stuttgart: Ernest Klett, 1981
JUNGER, E. El trabajador: domínio y figura. Barcelona: Tusquets editores, 1990
JUNGER, E. Sobre la línea. In: JUNGER, E; HEIDEGGER, M. Acerca del nihilismo. Barcelona: Ediciones Paidós, 1994.
JUNGER, E. Sobre el dolor. In: JUNGER, E. Sobre el dolor: seguido de La movilización total y Fuego y mivimiento. Barcelona: Tusquets editores, 1995. pp. 09-85
LACOUE-LABARTHE, P.; NANCY, J-L. O mito nazista, seguido de O espírito do nacional-socialismo e o seu destino. São Paulo: Iluminuras, 2002
SÁ, A. F. A política sobre a linha: Martin Heidegger, Ernst Jünger e a confrontação sobre a era do niilismo. In: Revista portuguesa de filosofia, v. 59, pp. 1121-1152, out. 2003.
SILVA, R. M. A. B. O Niilismo Ativo de Ernst Junger. In: Kinesis, v. 12, n. 13, pp. 357-382, jul. 2020
VANNUCHI, A.; VOLPI, F. O Niilismo. São Paulo: Edições Loyola, 1999
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Diego Luiz Warmling
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).