FABULAÇÃO FEMINISTA:

A MUDANÇA DE PARADIGMA NA FICÇÃO ESCRITA POR MULHERES

Autores

DOI:

https://doi.org/10.7443/problemata.v14i4.65966

Palavras-chave:

Thomas Kuhn, literatura, teoria feminista, ciência, auto-ficção

Resumo

A partilha de um paradigma é essencial para a construção do conhecimento científico. Com base nas premissas estabelecidas por Thomas Kuhn, é possível observar a construção de paradigmas que pautam a ciência desde sua gênese. Esses paradigmas não estão descolados das estruturas sociais, e reverberam uma objetividade e afastamento no fazer científico, obliterando múltiplas experiências, dentre elas, a experiência de ser mulher. A literatura de ficção feita por mulheres pode nos ajudar a observar isso à medida que abre uma ferida na qual a ciência se pauta: o afastamento, a falta de compromisso e a ausência de um corpo na escrita são manifestações de uma objetividade que não se compromete. Partindo dessa problemática, nos aproximamos da literatura feita por mulheres como fabulação que nos aproxima e também denuncia o que acontece no real, borrando as fronteiras previamente estabelecidas. Sob a luz do pensamento feminista, reivindicamos a urgência de um deslocamento, de um nascer de outros paradigmas científicos para a construção de um conhecimento situado e corporificado.

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Biografia do Autor

Sr. Tiago Rodrigues Moreira, UNICAMP

Possui graduação em Bacharelado em Humanidades pela UFVJM (2015). É graduado em Geografia - modalidade: Licenciatura UFVJM (2017) É especialista em Ensino de Geografia latu-senso DEAD-UFVJM (2018) Mestre em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas FCA/Unicamp (2019) Doutorando em Geografia pelo IG Unicamp. Trabalha, principalmente, com a abordagem fenomenológica em estudos interdisciplinares nas áreas de ciências humanas e sociais. Interessa-se por questões de corporeidade, gênero, situações, lugares. fenomenologia, geografia humanista. É pesquisador dos grupos: Geografia e contemporaneidade da UFF; GHUM - Grupo de Pesquisa Geografia Humanista Cultura; NOMEAR - Grupo de Pesquisa Fenomenologia e Geografia; GHuAPo - Grupo de Pesquisa Geografia Humanista, Arte e Psicologia Fenomenológica. Integrante do LAGERR - Laboratório de Geografia dos Riscos e Resiliência" (FCA/Unicamp). Linha de pesquisa: Geografia Humanista e Fenomenologia.

Sra. Fernanda de Faria Viana Nogueira, UNICAMP

Bacharela (2017) e Licenciada (2020) em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com pesquisa realizada na linha da Geografia Cultural e ênfase em redes, consumo e território. Mestra em Geografia (2019) pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF), com área de concentração em Análise Regional e Ambiental e pesquisa com foco em sexualidades, cidade e lugar. Doutoranda (2020-2024) em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com pesquisa atual nas áreas de gênero, fenomenologia e literatura.

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Publicado

10-11-2023