EM TORNO DA ANALOGIA: A CONTRIBUIÇÃO DE SAUSSURE PARA A ANÁLISE DA FALA DA CRIANÇA

Autores

  • Rosa Attié Figueira Unicamp

Resumo

A trajetória de infans a falante coloca-nos diante de um cenário complexo, recheado de produções que conduzem o investigador a considerar a analogia - fenômeno comum à história das línguas e à fala da criança, como assinala Saussure na Segunda Conferência de Genebra. Enquanto “documento irrecusável” da atividade da língua (Écrits de Linguistique Générale, p. 184), as formações por analogia exibem produtos singulares, numa variação surpreendente ao longo do percurso de cada criança com a língua materna. Tal variação, afetando nomes e verbos (ou unidades de maior extensão), conhece também a perda (ou esquecimento) - fenômeno que importa descrever como fato estrutural no processo de captura do sujeito pela língua (sobre a noção de captura, De Lemos, 2002, entre outras publicações; sobre esquecimento, Pereira de Castro, 2010). Neste trabalho focalizamos o domínio das falas divergentes, resultantes de relações (mise en rapport), aí incluindo-se tanto ocorrências com certo grau de previsibilidade quanto ocorrências imprevisíveis, insólitas. Muitas delas chegam a tocar em limites consolidados da língua. A base empírica deste estudo é formada pelos dados de dois sujeitos principais (crianças brasileiras, de 3 a 7 anos de idade) e de outros, episodicamente acrescentados ao exemplário. Buscaremos expor o entretecer das formações que afetam a sua fala, material apto a avaliar a contribuição do pensamento saussuriano para a análise da singularidade da linguagem na infância.

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Publicado

2016-02-04

Como Citar

Figueira, R. A. (2016). EM TORNO DA ANALOGIA: A CONTRIBUIÇÃO DE SAUSSURE PARA A ANÁLISE DA FALA DA CRIANÇA. PROLÍNGUA, 10(1). Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/prolingua/article/view/27596

Edição

Seção

Artigos