RESIDÊNCIA DE MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE: REFLEXOS DO PERFIL, MOTIVAÇÕES E ATUAL PROCESSO DE TRABALHO DE EGRESSOS
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde. Estratégia Saúde da Família. Educação Médica. Residência Médica.Resumo
Objetivo: Caracterizar o perfil e a percepção sobre a formação dos egressos das Residências de Medicina de Família e Comunidade (RMFC) de Palmas-TO. Metodologia: Estudo exploratório, descritivo e transversal, com abordagem quantitativa. Aplicou-se questionário aos 31 egressos que concluíram a RMFC até o ano de 2018. Foi realizada análise descritiva e inferencial dos dados utilizando-se o teste Qui-quadrado de Pearson, com nível de significância de 5%. Resultados: Cerca de 77,4% dos entrevistados eram do sexo feminino e 51,6% tinham menos de 30 anos. A maioria (51,8%) desenvolvia seu trabalho em Palmas - TO. Principais contribuições apontaram para melhoria na organização e na segurança do processo de trabalho do egresso (32,5%) e humanização e o desenvolvimento pessoal (32,5%). Todos declararam essencial cursar a RMFC para atuação na APS e desenvolvimento profissional, independente do atual campo de atuação. Principais motivações para a especialidade foram a melhoria de conhecimentos na clínica ampliada (33,3%), e a aquisição de bônus de 10% em outro concurso de residência. Insatisfações relacionaram-se à desvalorização do profissional e baixa remuneração (75%). O exercício da preceptoria foi significativamente relacionado (p=0,001) a egressos que permaneceram na área de Medicina de Família e Comunidade (MFC). A avaliação do programa manteve-se entre boa e excelente (93,6%). Conclusão: A RMFC de Palmas - TO contribui não só para o aumento no provimento de profissionais, como também para a melhoria de sua qualidade técnica e pessoal, o que se edifica por meio do fortalecimento da aplicação dos princípios da APS em suas práticas profissionais cotidianas.