Utilização da Água de Coco como Diluidor de Sêmen de Caprinos e Ovinos
Resumo
A composição físico-quimica da água de coco proveniente de frutos de seis meses de maturação, variedades anão e praia, bem como seus efeitos sobre a fertilidade "in vitro" e "in vivo" do sêmen caprino e ovino, foi estudada e avaliada. A variedade coco verde da praia mostra uma maior eficiência quanti-qualitativa de açúcares, do próprio volume da água e do albúmen. Após a análise das duas variedades, processou-se a ultrafiltração bioquímica da água de coco, identificando-se, através de uma coluna de Sephadex (G25
e G50), três piques denominados I (A), II (B) e III (C). Referidos piques foram testados "in vitro" sobre espermatozóides de caprinos e ovinos coletados através de vagina artificial. Os testes foram realizados, após frações do sêmen serem diluídas em água de coco "in natura" ou em sua fração ativa, denominada "JYP" (ácido 3 indol-acetico), isolada também da própria água de coco. Os resultados "in vitro" obtidos através do teste de termo-resistência, às temperaturas de incubação +37°C ou +4°C, evidenciaram maiores valores para a motilidade progressiva individual (MIP) e a porcentagem de espermatozóides móveis quando o sêmen foi diluído em água de coco ou suas frações ativas, inclusive sua molécula, comparados ao diluidor a base de leite descremado glicosado. Os testes "in vivo" foram realizados através de inseminação artificial de fêmeas caprinas e ovinas. A fertilidade de cabras com sêmen diluído em água de coco sempre foi superior aquela obtida com a diluição em leite. As frações ativas mostraram maiores taxas de parição e prolificidade comparadas ao diluidor leite. Conclui-se que a água de coco e suas frações ativas podem ser utilizadas como diluidor do sêmen caprino e ovino, pois prolongam a sobrevivência das células espermáticas de ambas as espécies, incrementando ainda a eficiência reprodutiva dos rebanhos de pequenos ruminantes.
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