Decisões de Estrutura de Capital das Empresas Brasileiras de Capital Aberto a Partir das Teorias de Pecking Order e Trade-off e a Influência da COVID-19.
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2318-1001.2024v12n1.67719Resumo
Objetivo: Este estudo teve por objetivo avaliar as decisões de estrutura de capital das empresas brasileiras de capital aberto a partir das teorias de Pecking Order e Trade-off e a influência da COVID-19.
Fundamento: amparado pelas teorias de Pecking Order e Trade-off, foram estabelecidas hipóteses antagônicas para averiguação de qual teoria melhor explica as decisões de estrutura de capital no período analisado e se houve influência da COVID-19.
Método: foi realizada a regressão com dados em painel, modelo fixo e balanceado, a partir de três modelos, para 187 empresas da B3, cujas as demonstrações contábeis, consolidadas e ajustadas por inflação estavam disponíveis na Economática®. Os dados trimestrais corresponderam ao período do 2º trimestre de 2018 até o 4º trimestre de 2021. Incluiu-se no modelo uma variável dummy, para identificação do período pré-pandemia (2018 e 2019) e pós-pandemia (2020 e 2021).
Resultados: os resultados indicam que as empresas aumentaram o nível de endividamento no período pós-pandemia, porém, a variável pandemia não foi significativa em nenhum modelo. A variável lucratividade demonstrou-se significativa e positiva com relação ao endividamento de longo prazo, seguindo os pressupostos da Trade-off. Entretanto, mostrou-se significativa e negativa com relação ao endividamento de curto prazo, conforme estabelecido na Pecking Order. Já a oportunidade de crescimento apresentou relação significativa e positiva, também em conformidade com a Pecking Order.
Contribuições: este estudo contribuiu para identificar que os conceitos fixados pela Pecking Order se fizeram mais presentes nas decisões de estrutura de capital das empresas brasileiras de capital aberto, no período analisado.
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