Malleus Maleficarum: bruxaria e misoginia na Baixa Idade Média

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DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.1982-6605.2017v14n2.36472

Resumo

O manual de identificação de bruxas intitulado Malleus Maleficarum, escrito em 1486 pelos dominicanos Heinrich Kramer e James Sprenger, exprime uma visão negativa do feminino, fruto de construções discursivas próprias do cristianismo medieval acerca da natureza da mulher, propensa ao mal e facilmente seduzida pelo diabo. Em um contexto de crise econômica, disputas políticas intensificadas e assolamento de doenças pouco compreendidas à época, a caça às bruxas pode ser compreendida como um fenômeno de busca por bodes expiatórios, associando-se às mulheres a culpa pela disseminação do mal no mundo e legando a estas o destino da fogueira como maneira de expiarem-se seus pecados.

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Biografia do Autor

Ludmila Noeme Santos Portela, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutoranda em História Social das Relações Políticas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Mestre, bacharel e licenciada em História pela mesma instituição. Com experiência em docência no Ensino Superior, atuando nas áreas de pesquisa de História das Religiões, História Medieval e História Ibérica.

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Publicado

2017-12-23

Como Citar

NOEME SANTOS PORTELA, L. Malleus Maleficarum: bruxaria e misoginia na Baixa Idade Média. Religare, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 252–281, 2017. DOI: 10.22478/ufpb.1982-6605.2017v14n2.36472. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/religare/article/view/36472. Acesso em: 24 nov. 2024.