Entre os estilhaços do eu e os fragmentos persecutórios do seio

paragens esquizo-paranoides na poética de Edgar Allan Poe

Autores/as

Palabras clave:

Literatura fantástica, Edgar Allan Poe, Psicanálise, Melanie Klein

Resumen

Percorreremos os recônditos mais profundos e penumbrosos do conto Morela (1835), escrito pelo mestre do horror, Edgar Allan Poe, no intento de sondar a história de amor entre o narrador autodiegético e essa amiga, Morela. Eis que uma atmosfera de mistério paira sobre o enlace de ambos, pois a união não fora motivada pelo amor, mas pelo o desabrochar de um sentimento, metaforicamente, denominado de chamas que “não eram as de Eros”. A ausência de amor e o florir de um estranho sentimento que atormenta o espirito do narrador avultam, deveras, ignóbil e execrável ambiente. Como fruto do idílio tortuoso e bizarro entre o narrador e Morela, nasce uma filha – com imagos, traços e trejeitos idênticos ao da mãe. Morela morre, mas deixa sua atroz herdeira. Para tanto, recorre-se aos escritos de Melanie Klein, no que diz respeito aos seus constructos teóricos da posição esquizo-paranoide e posição depressiva.

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Biografía del autor/a

Guilherme Ewerton Alves de Assis, Universidade Federal da Paraíba

Graduando em Licenciatura Plena em Letras - Português pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduando em Licenciatura Plena em Filosofia, pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Atua como Bolsista e Pesquisador no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC/UFPB). Atua, ainda, como voluntário no Programa de Apoio às Licenciaturas (PROLICEN), no projeto: Canções, cultura e ensino encontros da poética popular na literatura. Também atua como voluntário no Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX), no projeto: Literatura e formação docente: leitura, prática e ensino. Demonstra interesse nas áreas de: a) Literatura Comparada; b) Teoria literária; c) Crítica literária; d) Literatura brasileira e portuguesa; e) Literatura e psicanálise; f) Literatura e filosofia; f) Metapoesia; g) Poesia; h) Literatura feminina ; i) Narrativa realista e moderna; j) Narrativas de horror; k) Narrativas psicológicas; l) Conto fantástico, maravilhoso, estranho e grotesco (séc. XIX, XX e XXI) ; m) Literatura e sociologia. Na filosofia, por seu turno, debruça-se sobre a História da Filosofia, Filosofia Clássica e Filosofia Contratualista. Faz incursões, ainda, pela psicanálise com ênfase, respectivamente, nas obras de: Sigmund Freud, Jacques Lacan, Carl Gustav Jung e Francoise Dolto. Perambulando, sobretudo, pelo Complexo de Édipo (incestualidade), fantasias, loucura, psicose, sonhos, fantástico e morte. Hodiernamente, é pesquisador efetivo do Grupo de Pesquisa em Literatura, Gênero e Psicanálise (LIGEPSI/CNQp): http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/39732.

Hermano, Universidade Federal da Paraíba

Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Professor Associado I, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB) e do Programa de Pós-Graduação em Letras (UFPB). Realizou Estágio de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal de Pernambuco - PROPESQ/UFPE, na área de Análise do Discurso, sob a supervisão da Profª. Dr.ª Maria Virgínia Leal. Especialista em 'Psicanálise: Teoria e Prática', pelo Espaço Psicanalítico - EPSI, com monografia orientada pela Prof.ª Dr.ª Maria Neuma Carvalho de Barros. Tem experiência na área de Literatura, Psicanálise e Psicologia Analítica, com ênfase em Cultura, Arte e Processos de Subjetivação. Desenvolve estudos sobre: a) Literatura Erótica/Pornográfica; b) Corpo, Sexo e Sexualidades; c) Literatura e Psicopatologia d) Literatura e Processos Criativos; e) e Literatura e Territorialidades arquetípicas.

Publicado

2023-03-16

Cómo citar

Assis, G. E. A. de, & Hermano de França. (2023). Entre os estilhaços do eu e os fragmentos persecutórios do seio: paragens esquizo-paranoides na poética de Edgar Allan Poe. Revista LiteralMENTE, 2(1), 42–55. Recuperado a partir de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rl/article/view/65688

Número

Sección

Dossiê - Interlocuções ficcionais: a arte em seus múltiplos diálogos

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