PSICANÁLISE E O FENÔMENO AUTOBIOGRÁFICO

GESTOS DA DESPOSSESSÃO

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Mots-clés :

Psicanálise, Autobiografia, Escritas de si, Despossessão

Résumé

Partindo do pressuposto de que a Psicanálise e a Autobiografia Literária são experiências facilmente associáveis por envolver a atividade de "falar de si", problematizamos esse pressuposto a partir dos modos pelos quais a Psicanálise considera a ideia de sujeito (mais inconsciente do que determinado) e as evocações que a cena analítica procura suscitar. Além disso, procuramos explorar brevemente como o campo da autobiografia literária também questiona as formas de representação do sujeito que se escreve, ao que a posição enunciativa da autoria pode ser objeto de indeterminação e atravessamento alteritário. O conceito de despossessão como foi orientado por Judith Butler (2015) de que o sujeito não tem posse de si mesmo, mas é despossuído pelos acontecimentos e alteridades que o encontram, nos ofereceu as bases para a articulação entre a experiência analítica e a escrita de si. Por fim, compreendemos que a relação destas experiências tanto revelam as suas imbricações como podem produzir interrogações, tensionamentos e reinvenções.

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Biographie de l'auteur-e

Julia Akemi Takayama Ferry, USP

Psicóloga e Psicanalista. Graduada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mestre em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (USP), doutoranda em Psicologia Escolar do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP), com período sanduíche no departamento de Antropologia na The New School for Social Research com Bolsa PDSE-CAPES. Atuou como docente do Curso de Pós graduação em Psicologia Clínica do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU).

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Publié-e

2024-12-24

Comment citer

Ferry, J. A. T. (2024). PSICANÁLISE E O FENÔMENO AUTOBIOGRÁFICO: GESTOS DA DESPOSSESSÃO. Revista LiteralMENTE, 4(1), 43–61. Consulté à l’adresse https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rl/article/view/68697