LARES NUPCIAIS, IDÍLIOS FAMILIARES: QUANDO EROS POSTERGA A FRATERNIDADE EM “HELENA”, DE MACHADO DE ASSIS

QUANDO EROS POSTERGA A FRATERNIDADE EM “HELENA”, DE MACHADO DE ASSIS

Autores

Palavras-chave:

Literatura brasileira, Psicanálise, Incesto, Machado de Assis

Resumo

Desde as calendas da mitologia, deuses e heróis se enlaçam, sexual e amorosamente, com outros membros de sua própria consanguinidade – cabe lembrar o himeneu entre Zeus e sua irmã Hera; entre Édipo e sua mãe Jocasta; entre Urano e sua genitora Gaia; e o incesto fraterno entre Cronos e Reia. Arquetipicamente, tais idílios são elementos prófugos para a literatura. Não à toa, afloraram no Realismo Literário, reatualizando-se na poética de grandes nomes da historiografia literária mundial. Infiltrando-se em narrativas realísticas, bem como ultrapassando-as, Sigmund Freud anunciou que as organizações familiares e enlaces parentais se deparam, amiúde, com elaborações precárias e papéis parentais claudicantes, de modo que os ímpetos sexuais inconscientes deterioram as meras convenções sociais. Nesse corolário, debruçar-nos-emos sobre Helena (1876), escrita por Machado de Assis, uma das vozes mais insignes da literatura brasileira, a fim de vagar pela seara da incestualidade, cuja teatralização põe, em cena, os irmãos Helena e Estácio. Para tanto, recorremos a textos psicanalíticos, que urdam acerca das dinâmicas familiares (des)ordenadas, relações fusionadas e, obviamente, sobre o incesto.

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Biografia do Autor

Guilherme Ewerton Alves de Assis, UFPB

Graduando em Licenciatura Plena em Letras - Português pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Graduando em Licenciatura Plena em Filosofia, pela Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL). Atua como Bolsista e Pesquisador no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC/UFPB). Atua, ainda, como voluntário no Programa de Apoio às Licenciaturas (PROLICEN), no projeto: Canções, cultura e ensino encontros da poética popular na literatura. Também atua como voluntário no Programa de Bolsas de Extensão (PROBEX), no projeto: Literatura e formação docente: leitura, prática e ensino. Demonstra interesse nas áreas de: a) Literatura Comparada; b) Teoria literária; c) Crítica literária; d) Literatura brasileira e portuguesa; e) Literatura e psicanálise; f) Literatura e filosofia; f) Metapoesia; g) Poesia; h) Literatura feminina ; i) Narrativa realista e moderna; j) Narrativas de horror; k) Narrativas psicológicas; l) Conto fantástico, maravilhoso, estranho e grotesco (séc. XIX, XX e XXI) ; m) Literatura e sociologia. Na filosofia, por seu turno, debruça-se sobre a História da Filosofia, Filosofia Clássica e Filosofia Contratualista. Faz incursões, ainda, pela psicanálise com ênfase, respectivamente, nas obras de: Sigmund Freud, Jacques Lacan, Carl Gustav Jung e Francoise Dolto. Perambulando, sobretudo, pelo Complexo de Édipo (incestualidade), fantasias, loucura, psicose, sonhos, fantástico e morte. Hodiernamente, é pesquisador efetivo do Grupo de Pesquisa em Literatura, Gênero e Psicanálise (LIGEPSI/CNQp): http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/39732.

Hermano de França Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba

Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Professor Associado I, do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (UFPB) e do Programa de Pós-Graduação em Letras (UFPB). Realizou Estágio de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Letras, da Universidade Federal de Pernambuco - PROPESQ/UFPE, na área de Análise do Discurso, sob a supervisão da Profª. Dr.ª Maria Virgínia Leal. Especialista em 'Psicanálise: Teoria e Prática', pelo Espaço Psicanalítico - EPSI, com monografia orientada pela Prof.ª Dr.ª Maria Neuma Carvalho de Barros. Tem experiência na área de Literatura, Psicanálise e Psicologia Analítica, com ênfase em Cultura, Arte e Processos de Subjetivação. Desenvolve estudos sobre: a) Literatura Erótica/Pornográfica; b) Corpo, Sexo e Sexualidades; c) Literatura e Psicopatologia d) Literatura e Processos Criativos; e) e Literatura e Territorialidades arquetípicas. 

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Publicado

2021-09-15

Como Citar

Guilherme Ewerton Alves de Assis, & de França Rodrigues, H. (2021). LARES NUPCIAIS, IDÍLIOS FAMILIARES: QUANDO EROS POSTERGA A FRATERNIDADE EM “HELENA”, DE MACHADO DE ASSIS: QUANDO EROS POSTERGA A FRATERNIDADE EM “HELENA”, DE MACHADO DE ASSIS. Revista LiteralMENTE, 1(1), 8–22. Recuperado de https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rl/article/view/59837

Edição

Seção

Dossiê: Horizontes Subjetivos