Tecnologias Assistivas:

Os Jogos Digitais na Acessibilidade do Espaço Escolar de Crianças com Síndrome de Asperger

Autores

  • Maria Vitória Campos Mamede Maia Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Raquel Alves Pereira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2237-1451.2023v8n16.33969

Palavras-chave:

Síndrome de Asperger. Tecnologia Assistiva. Acessibilidade.

Resumo

A presente pesquisa objetiva analisar o papel da tecnologia assistiva (TA) no favorecimento da aprendizagem de crianças com síndrome de Asperger, a partir de entrevistas com profissionais do campo educacional. Tal análise utilizou como objeto de investigação um jogo eletrônico americano, denominado Gaining Face, que trabalha com o reconhecimento de expressões faciais para estas crianças. Pensar em inclusão de crianças com necessidades especiais, é pensar, antes de tudo, em conhecer esses indivíduos e o que os caracteriza. Além disso, a utilização de recursos que venha a favorecer esse processo é algo que precisa ser discutido. Dessa forma, as tecnologias assistivas, neste caso, os softwares educativos aparecem como alternativa pedagógica para aqueles que possuem tal transtorno.  A avaliação dos entrevistados suscitou questionamentos quanto a mudanças na aparência (interface) e se a lógica de repetição da ferramenta contribuiria para a aprendizagem desses indivíduos. A identificação de características lúdicas foi um aspecto que gerou questionamentos na análise. Diante dos resultados, apareceram evidências da falta de capacitação do professor, o que se justifica pelo pouco conhecimento sobre a síndrome e de materiais tecnológicos direcionados à educação especial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Vitória Campos Mamede Maia, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Pós-doutora em Design Pedagógico pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Mestra em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Graduada em Psicologia pelo Centro Universitário de Brasília e em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

Raquel Alves Pereira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Referências

AMA – ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DO AUTISTA. Disponível em: < http://www.ama.org.br/ >. Acesso em: set. 2016

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico dos distúrbios mentais: DSM IV. 4. ed. Washington: Associação Americana de Psiquiatria, 1994.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre, RS: Artmed Editora, 2014.

ATTWOOD, T. The Complete Guide to Asperger’s Syndrome. London and Philadelphia: Jessica Kingsley Publishers, 2007.

ATTWOOD, T. Asperger’s Syndrome. London: Jessica Kingsley, 1998.

BELLONI, M. L. O que é mídia-educação? Coleção: Polêmicas do nosso tempo. 2 ed. Campinas: Autores Associados, 2005.

BERSCH, R. Introdução às Tecnologias Assistivas. 2008. Disponível em: < http://www.assistiva.com.br/Introducao_Tecnologia_Assistiva.pdf> Acesso em: 6 abr. 2017.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado, 1988.

BRASIL. Decreto Federal n. 3.298 de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei n. 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência consolida as normas de proteção e dá outras providências.

BRASIL. LDB. Lei n. 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases

da educação nacional.Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>

BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Lei n. 13. 146/2015, de 6 de julho de 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm> Acesso em: junh. 2016.

BRASIL. Política Nacional de Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Lei nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Brasília, DF. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm> . Acesso em: 27 abr. 2017.

CABALLERO, R. Los Trastornos Generales del Desarrollo. Una aproximación desde la práctica. El Síndrome de Asperger –Respuesta Educativa, Local, v. 2, p. 6-13, Consejería de Educación de la Comunidad Autónoma de Andalucía. 2006

GRANDIN, T. Mistérios de uma mente autista: Temple Grandin; Tradução Pollyana Mattos. Belo Horizonte, MG: Ed. do autor, 2011.

JURDI, A. P. S.; AMIRALIAN, M. L. T. de M. A inclusão escolar de alunos com deficiência mental: uma proposta de intervenção do terapeuta ocupacional no cotidiano escolar. In: Estudos de Psicologia, Campinas, v. 23(2), 2006, p.191-202.

KLIN, Ami. (2006) Autismo e síndrome de Asperger: uma visão geral. Rev. Bras. Psiquiatra. [online]. 2006, v. 28(1), p.3-11. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462006000500002.> Acesso em: 20 ago. 2016.

__________________. (2003). Síndrome de Asperger: uma atualização. Rev. Bras. Psiquiatra. [online]. 2003, vol.25 no. 2. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462003000200011> . Acesso em: 15 ago. 2016.

LAKATOS, E M.; MARCONI, M. de A. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.

LÉVY, P. Cibercultura. 1 ed. São Paulo: Editora 34, 1999.

LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: 34, 1993.

LÉVY, P. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Editora 34, 1996.

MENDES, H. do L. Inclusão como Ação Auxiliadora para a Educação Inclusiva. V Colóquio Internacional: Educação e Contemporaneidade. São Cristóvão, Sergipe, set. 2011, p.1-15.

Disponível em: < http://educonse.com.br/2011/cdroom/eixo%208/PDF/Microsoft%20Word%20-%20INCLUSaO%20DIGITAL%20COMO%20AcaO%20AUXILIADORA.pdf.

Acesso em 3 abr. 2014.

MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento. Pesquisa qualitativa em saúde. 9ª edição revista e aprimorada. São Paulo: Hucitec; 2006. 406 p.

ROSSI, T. M. de F.,CARVALHO, E. N. S. Situação atual do projeto de pesquisa: Perturbações do espectro do autismo - perfil do alunado e intervenção educacional na rede pública do D. F. In: FREITAS, S. N. (org). Diferentes contextos de educação especial/inclusão social. R.S: Santa Maria. Programa de apoio à pesquisa em educação especial (PROESP), 2006, p. 21-29.

TRIVINOS, A. N. S. Introdução à pesquisa social em ciências sociais. São Paulo: Atlas, 1988.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

VYGOTSKY, L. S. Obras Escogidas V: Fundamentos de defectología. v. 5, Espanha: Editorial Visor, 1997.

Downloads

Publicado

29.06.2024

Como Citar

MAMEDE MAIA, M. V. C.; PEREIRA, R. A. Tecnologias Assistivas:: Os Jogos Digitais na Acessibilidade do Espaço Escolar de Crianças com Síndrome de Asperger. Revista Lugares de Educação, [S. l.], v. 8, n. 16, p. 38–52, 2024. DOI: 10.22478/ufpb.2237-1451.2023v8n16.33969. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/rle/article/view/33969. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos