“Berlim é pobre, mas é sexy”: o uso da Paradiplomacia na projeção internacional Berlinense
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2525-5584.2023v8n1.63280Palavras-chave:
Paradiplomacia, Política Pública, BerlimResumo
Diante do avanço dos estudos sobre paradiplomacia enquanto política pública, o presente artigo busca investigar o caso de Berlim, na Alemanha, ao adotar uma política de projeção internacional como parte de sua ressignificação local e nacional após a reunificação alemã em 1990. Berlim é escolhida por ilustrar uma paradiplomacia cultural que se mantém com poucas alterações em trinta anos, mesmo tendo alternância partidária. Com o intuito de identificar quais valores e práticas estariam presentes na ação paradiplomática da cidade, utiliza-se o modelo de análise de paradiplomacia que orienta na coleta dos dados em cinco dimensões de variáveis explicativas: a dimensão da política de gestão; a institucional; a de mercado; a internacional; e a epistêmica. Os principais resultados obtidos apontam para: I) um consenso dos gestores em redefinir a imagem projetada berlinense, de uma cidade de conflitos e problemas sociais para uma cidade contemporânea e de oportunidades financeiras; II) criar aparelhos urbanos que sustentem essa nova imagem, como o aeroporto internacional e as reformulações em Potsdamer Platz e Alexanderplatz; III) replicar suas boas práticas em políticas públicas a partir de redes internacionais de cidades e da internacionalização do ensino superior.
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