“Não, Tempo, não te gabarás de que eu mudo!” Evidências da Dimensão Temporal na Aprendizagem de Praticantes da Estratégia no Setor Público.

Autores

  • José Alberto de Siqueira Brandão Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco - SEPLAG/PE http://orcid.org/0000-0003-2291-6522
  • Eduardo de Aquino Lucena Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

DOI:

https://doi.org/10.21714/2238-104X2019v9i1-38915

Palavras-chave:

dimensão temporal, aprendizagem social, praticantes da estratégia, setor público.

Resumo

A discussão sobre como a aprendizagem acontece nas organizações se intensificou nas últimas décadas. Talvez esse debate seja mais intenso no setor público, dadas as transformações exigidas pela sociedade. Este artigo tem como objetivo discutir a dimensão temporal da aprendizagem social em uma política pública educacional em Pernambuco. Para tanto, optou-se por realizar um estudo de caso qualitativo sobre a experiência relacionada ao “Pacto pela Educação em Pernambuco”, conhecido como PEP. A interpretação dos achados indica a existência de relações entre aprendizagem em diferentes níveis gerenciais e a dimensão temporal no PEP.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

José Alberto de Siqueira Brandão, Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco - SEPLAG/PE

Bacharel em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN (1993), Bacharel em Direito pela Universidade Potiguar/UNP (2003), Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE (2012), Especialista em Consultoria Empresarial pela Universidade de São Paulo/USP (1996), MBA em Direito da Economia e da Empresa pela Fundação Getúlio Vargas/FGV (2012), Mestre em Administração pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN(1998) e Doutor em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE (PROPAD). Foi Professor da Universidade Federal de Pernambuco/UFPE, Professor, Coordenador do Curso de Administração e Diretor de Campus da Universidade de Pernambuco/UPE, Professor convidado do MBA em Gestão de Pessoas da Fundação Getúlio Vargas/FGV, Professor e Coordenador Acadêmico da Faculdade Nova Roma, Professor e Coordenador do Curso de Administração da UNIVERSO. É Professor Emérito da Universidade Potiguar/UNP, onde exerceu o cargo de Diretor de Campus. Atualmente é professor da Faculdade Senac Pernambuco, onde exerce o cargo de Coordenador de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão. Exerce o cargo de Gestor Governamental na Secretaria de Planejamento e Gestão do Estado de Pernambuco. Tem experiência nas áreas de Administração Estratégica, Administração de Recursos Humanos, Administração Pública, Empreendedorismo e Direito Empresarial.

Eduardo de Aquino Lucena, Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Possui graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco (1993), mestrado em Administração pela Universidade Federal de Pernambuco (1997) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2001). Em 2000, realizou doutorado-sanduíche na The University of Georgia (GA, EUA). Atualmente é professor associado do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal de Pernambuco. Seus interesses de pesquisa englobam os seguintes temas: processos de aprendizagem nas organizações; experiência, reflexão e aprendizagem; e aprendizagem de praticantes da estratégia.

Referências

Alessandro, M., Lafuente, M., & Santiso, C. (2014, April). Governing to deliver: reinventing the center of government in Latin America and the Caribbean. Monograph. Inter-American Development Bank, 224, 75-103.

Alessandro, M., Lafuente, M., & Shostak, R. (2014, April). Leading from the center: Pernambuco´s management model. Technical note. Inter-American Development Bank, 638, 1-33.

Antonacopoulou, E. (2014). The experience of learning in space and time. Prometheus, 32(1), 83-91.

Berends, H., & Antonacopoulou, E. (2014). Time and organizational learning: a review and agenda for future research. International Journal of Management Reviews, 16(4), 437-453.

Brandi, U., & Elkjaer, B. (2011). Organizational learning viewed from a social learning perspective. In Easterby-Smith, M., & Lyles, M. (eds.). Handbook of organizational learning and knowledge. (Vol. 1, Chap. 2, pp. 23-41) . Chippenham: John Wiley & Sons.

Brasil (2016, jun.). Índice de desenvolvimento da educação básica – IDEB. Brasília: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Recuperado em 02 jun., 2016, de <http://portal.inep.gov.br/web/guest/ideb>.

Charmaz, K. (2014).Constructing grounded theory. London: Sage.

Clarke, A. (1991). Social words/arenas theory as organizational theory. In Maines, D. (ed.), Social organization and social process: essays in honor of Anselm Strauss. New York: Aldine de Gruyter.

Corbin, J., & Strauss, A. (2008). Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. Porto Alegre: Artmed.

Cunha, M., & Tsoukas, H. (2015, August). Reforming the state: understanding the vicious circles of reform. European Management Journal, 33(4), 225-229.

Cunliffe, A., & Jun, J. (2005, March). The need for reflexivity in public administration. Administration & Society, 37(225), 225-242.

Dewey, J. (1933). How we think: a restatement of the relation of reflective thinking to the educative process. In Boydston, J. John Dewey: the later works, 1925–1953 (Vol. 8., Chap. 1, pp. 105-352). Carbondale: Southern Illinois University Press.

Dewey, J. (1934). Having an experience. In Dewey, J. Art as experience (Vol. 1, Chap. 3, pp. 35-57). New York: Perigee.

Dewey, J. (1938). Experience and education. In Boydston, Jo Ann. John Dewey: the later works, 1925–1953 (Vol. 13, Chap. 1, pp. 1-62). Carbondale: Southern Illinois University Press.

Dos-Santos, M., Brito-de-Jesus, K., Souza-Silva, J., & Rivera-Castro, M. (2015, jul./set.). Aprendizagem organizacional e suas modalidades: desenvolvendo a habilidade interpessoal nos programas trainees. Faces, 14(3), 94-113.

Easterby-Smith, M., & Lyles, M. (2011). The evolving field of organizational learning and knowledge management. In Easterby-Smith, M., & Lyles, M. Handbook of organizational learning and knowledge (Vol. 1, Chap. 1, pp. 1-20). Chippenham: John Wiley & Sons.

Elkjaer, B. (1999). In search of a social learning theory. In Easterby-Smith, M.. Burgoyne, J., & Araújo, L. (eds.). Organizational learning and the learning organization: developments in theory and practice (Vol. 1, Chap. 5, pp. 75-91). London: Sage.

Elkjaer, B. (2004). Organizational learning: the ‘Third Way’. Management Learning, 35(4), 419–434.

Elkjaer, B. (2013). Pragmatismo: uma teoria da aprendizagem para o futuro. In ILLERIS, K. Teorias contemporâneas da aprendizagem (Vol. 1, Cap. 5, pp. 91-108). Porto Alegre: Penso.

Emirbayer, M., & Mische, A. (1998). What is agency? American Journal of Sociology, 103(4), 962-1023.

Flaherty, M., & Fine, G. (2001). Present, past and future: conjugating George Herbert Mead’s perspective on time. Time and Society, 10(2-3), 147-161.

Fundação Lemann e Merit (2017). Portal QEdu.org. Recuperado em 30 abr., 2017, de <http://www.qedu.org.br/brasil/ideb>.

Hernes, T., & Irgens, E. (2013). Keeping things mindfully on track: organizational learning under continuity. Management Learning, 44(3), 253-266.

Hoon, C. (2007, June). Commitees as strategic practice: the role of strategic conversation in a public administration. Human Relations, 60(6), 921-952.

Jarzabkowski, P. (2004). Strategy as practice: recursiveness, adaptation, and practices-in-use. Organization Studies, 25(4), 529-560.

Jarzabkowski, P., Balogun, J., & Seidl, D. (2007, January). Strategizing: the challenges of a practice perspective. Human Relations, 60(1), 5-27.

Kaplan, S., & Orlikowski, W. (2013). Temporal Work in Strategy Making. Organization Science, 24(4), 965–995.

Knassmüller, M., & Meyer, R. (2013, March). What kind of reflection do we need in public management? Teaching Public Administration, 31(1), 81-95.

Maciel, C., & Augusto, P. (2015, Nov./Dez.). Praticantes da estratégia e as bases praxeológicas da indústria do management. Revista de Administração de Empresas, 55(6), 660-672.

Merriam, S., & Tisdell, E. (2016). Qualitative research: a guide to design and implementation. San Francisco: Jossey-Bass.

Mische, A. (2009, September). Projects and possibilities: researching futures in action. Sociological Forum, 24(3), 694-704.

Osborne, S. (2006). The New Public Governance? Public Management Review, 8(3), 377-387.

Orlikowski, W. (2010). Practice in research: phenomenon, perspective and philosophy. In: Golsorkhi, D., Rouleau, L., Seidl, D., & Vaara, E. Cambridge handbook of strategy as practice. (Vol. 1, Chap. 1, pp. 23-33). Cambridge: Cambridge University.

Patton, M. (2002). Qualitative research and evaluation methods. Thousand Oaks: Sage.

Pernambuco. Assembléia Legislativa. Decreto nº. 39.336, de 25 de abril de 2013 (2013). Estabelece o valor público como objetivo dos programas de Estado, fixa diretrizes para a gestão por resultados, e estabelece a execução dos pactos de resultados no âmbito do poder executivo estadual. Diário Oficial do Estado de Pernambuco. Recife. Recuperado em 26 abr., 2013, de <http://legis.alepe.pe.gov.br/arquivoTexto.aspx?tiponorma=6&numero=39336&complemento= 0&ano=2013&tipo>

Pernambuco. Secretaria de Educação e Esportes de Pernambuco – SEE: Balanço da Educação 2016 (2016). Recife. Recuperado em 20 mar., 2017, de <http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/12289/BALAN%C3%87O %20DA%20EDUCA%C3%87%C3%83O%202016(1).pdf>.

Pollitt, C. (2007). The New Public Management: an overview of its current status. Administratie SI Management Public, 8(1), 110–115.

Pollitt, C., & Bouckaert, G. (2011). Public management reform: a comparative analysis – a new public management, governance, and the neo-weberian state. New York: Oxford University.

Rouleau, L. (2013). Strategy-as-practice research at a crossroads. M@n@gement, 16(5), 547-565.

Sfard, A. (1998, March). On two metaphors for learning and the dangers of choosing just one. Educational Researcher, 27(2), 4-13.

Shakespeare, W. (2018). Sonnet 123: no time thou shalt not boast that I do change. Recuperado em 30 mar., 2018, de <https://www.poetryfoundation.org/poems/56222/sonnet-123-no-time-thou-shalt-not-boast-that-i-do-change>.

Stake, R. (1995). The Art of Case Studies Research. Thousand Oaks: Sage.

Strauss, A. (1993). Continual Permutations of Action. Nova Iorque: Aldine de Gruyter.

Whittington, R. (2006). Completing the practice turn in strategy research. Organization Studies, 27(5), 613-634.

Downloads

Publicado

2019-03-22

Como Citar

Siqueira Brandão, J. A. de, & Aquino Lucena, E. de. (2019). “Não, Tempo, não te gabarás de que eu mudo!” Evidências da Dimensão Temporal na Aprendizagem de Praticantes da Estratégia no Setor Público. Teoria E Prática Em Administração, 9(1), 49–62. https://doi.org/10.21714/2238-104X2019v9i1-38915

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa (Research Papers)