Proposição de uma Escala de Consumo de Objetos Artesanais

Autores

  • Rebeca da Rocha Grangeiro UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI
  • Jailson Santana Carneiro
  • Lucas Emmanuel Nascimento Silva
  • Manoel Bastos Gomes Neto

DOI:

https://doi.org/10.21714/2238-104X2020v10i1-48252

Resumo

O presente estudo possui como objetivo desenvolver e validar uma escala de consumo de objetos artesanais. A pesquisa se justifica por sua originalidade, uma vez que não foi encontrada na literatura medida com propósito semelhante. Utilizou-se da literatura da área e de entrevistas com 6 consumidores de artesanato para inspirar na elaboração dos itens, que passaram pela validação de juízes. As amostras das primeira e segunda coletas compreenderam respectivamente 209 e 442 respondentes. Foram realizadas análises fatoriais e de correlação; extração do Alpha; teste de esfericidade de Bartlett e KMO. Adicionalmente, para a segunda coleta foi realizada AFC, a partir da utilização do software AMOS. Os parâmetros da referida análise seguiram recomendações propostas em Costa (2011). Como resultados, obtivemos a exclusão de um item após a validação dos juízes. A exclusão de 15 itens após a primeira análise exploratória. Posteriormente, a exclusão de 20 itens após a segunda coleta de dados. Assim, a escala proposta possui 4 dimensões, cada uma com 4 itens. Por fim, a escala pode ser usada para mensuração do consumo de artesanatos de maneira geral e em contexto mais específico, desde que as devidas adaptações sejam feitas. Em relação às contribuições gerenciais, esse instrumento contribui, especialmente, para o conhecimento sobre o consumo de um produto cultural tão característico e específico. Ao passo, também, que surge como uma alternativa para aos profissionais que querem saber mais sobre o consumo de suas peças, bem como gestores públicos que possam realizar pesquisas relacionadas ao turismo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Artoni, F. L.; Daré, P. R. C. (2008)Reputação corporativa e a comunicação boca-a-boca: uma interdependência inequívoca. Revista Pretexto, 9(1), 33-50.

Barbosa, L.; Campbell, C. (2006). O estudo do consumo nas ciências sociais contemporâneas. Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: Editora FGV, 21-44.

Belk, R. W. (1988). Possessions and the extended self. Journal of consumer research, 15(2), 139-168.

Bento, K. D.; Silva, I. F. O. (2016). Selo de autenticidade do artesanato do Estado do Ceará: a fusão entre uma ferramenta de marketing e uma estratégia de desenvolvimento local. Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, 12(4), 260-283.

Bragaglia, A. P. (2010). Comportamentos de consumo na contemporaneidade. Comunicação Mídia e Consumo, 7(19), 107-124.

Campbell, C. (2006). Eu compro, logo sei que existo: as bases metafísicas do consumo moderno. Cultura, consumo e identidade. Rio de Janeiro: FGV, 47-64.

Canclini, N. G. (1983). As culturas populares no capitalismo. São Paulo: Brasiliense.

costa, F. J. (2011). Mensuração e desenvolvimento de escalas: aplicações em administração. Rio de Janeiro: Ciência Moderna.

Cleps, G. D. G. (2004). O comércio e a cidade: novas territorialidades urbanas. Revista Sociedade & Natureza, v. 16 (30), 117-132.

Giese, J. L.; Cote, J. A. (2000). Defining consumer satisfaction. Academy of marketing science review, 1(1), 1-22.

Girón, J. P. H.; Hernández, M. L. D.; Castañeda, J. C. J. (2007). Strategy and factors for success: The mexican handicraft sector. Performance Improvement, 46(8), 16-26.

IBGE. (2015). Perfil dos estados e dos municípios brasileiros: cultura 2014, Coordenação de População e Indicadores Sociais Rio de Janeiro: IBGE.

Katz-Gerro, T. (2002). Highbrow cultural consumption and class distinction in Italy, Israel, West Germany, Sweden, and the United States. Social forces, 81(1), 207-229.

Keller, P. F. (2014). O artesão e a economia do artesanato na sociedade contemporânea. Politica & Trabalho, 41, 323-347.

Lages, V.; Lagares, L.; BRAGA, C. L. (Org.). (2006). Valorização de produtos com diferencial de qualidade e identidade: indicações geográficas e certificações para a competitividade nos negócios. Brasília: SEBRAE.

Lima, R. G. (2009). Artesanato e arte popular: duas faces de uma mesma moeda. Brasília: Ministério da Cultura - Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular.

Marchetti, R.; Prado, P. H. M. (2001). Um tour pelas medidas de satisfação do consumidor. Revista de administração de empresas, 41(4), 56-67.

Meitiana, M.; Setiawan, M.; Rohman, F.; Irawanto, D. (2019). Factors affecting souvenir purchase behavior: valuable insight for tourism marketers and industry. Journal of Business and Retail Management Research, 13(3), 248-255.

Mendoza-Ramírez, L.; Toledo-López, A. (2014). Strategic orientation in handicraft subsistence businesses in Oaxaca, Mexico. Journal of Marketing Management, 30(5-6), 476-500.

Montoro‐Pons, J. D.; Cuadrado‐García, M. (2018). Religiosity and cultural consumption. International journal of consumer studies, 42(6), 704-714.

Novaes, A. M. C. (2011). O processo de artificação em Juazeiro do Norte. Análise do Centro Cultural Mestre Noza. Tese de doutorado. Universidade Federal do Ceará.

Pani, D.; Pradhan, S. K. (2016). An Empirical Study of Impact of Demographic Variables on Consumer Preference towards Tribal Handicraft–A Case of Rayagada District during Chaiti Festival. Pacific Business Review International, 8(7), 61-68.

Rabêlo Neto, A. et al. (2014). Os antecedentes do consumo de produtos culturais por consumidores de baixa renda. Revista Brasileira de Marketing, 13(1), 75-92.

Reeves, A.; DE Vries, R. (2019). Can cultural consumption increase future earnings? Exploring the economic returns to cultural capital. The British journal of sociology, 70(1), 214-240.

Scrase, T. J. (2003). Precarious production: globalisation and artisan labour in the Third World. Third World Quartely, 24(3), 449-461.

Sharda, N.; Bhat, A. K. (2018). Austerity to materialism and brand consciousness: luxury consumption in India. Journal of Fashion Marketing and Management: An International Journal, 22(2), 223-239, 2018.

Silva, F. B. da; Araújo, H. E.; Souza, A. L. (2007). O consumo cultural das famílias brasileiras. In: Silveira, F. G. et al (Orgs.). Gasto e consumo das famílias brasileiras contemporâneas, Brasília: IPEA, 2, 105-142.

Silver; G.; Kundu, P. K. (2013). Handicraft products: Identify the factors that affecting the buying decision of customers (The viewpoints of Swedish shoppers). Dissertação de Mestrado, Umea University.

Sirdeshmukh, D.; Singh, J.; Sabol, B. (2002). Consumer trust, value, and loyalty in relational exchanges. Journal of marketing, 66(1), 15-37.

Downloads

Publicado

2020-04-02

Como Citar

Grangeiro, R. da R., Carneiro, J. S., Silva, L. E. N., & Gomes Neto, M. B. (2020). Proposição de uma Escala de Consumo de Objetos Artesanais. Teoria E Prática Em Administração, 10(1), 95–110. https://doi.org/10.21714/2238-104X2020v10i1-48252

Edição

Seção

Artigos de Pesquisa (Research Papers)