Polifarmácia e a coprodução da experiência entre médicos e pacientes
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2238-104X.2021v11nespecial.58706Resumo
Objetivo: Identificar como os médicos podem ajudar seus pacientes em polifarmácia ao focar nos fatores não-clínicos do processo do cuidado. Para isso, essa pesquisa objetiva responder as seguintes perguntas: (1) Quais são as causas da polifarmácia? (2) Como os pacientes experienciam as consequências da polifarmácia? (3) Como o conceito de coprodução pode ajudar os médicos a gerenciar e reduzir polifarmácia? Metodologia: Foi utilizada uma abordagem fenomenológica e dados qualitativos. Os dados foram coletados em entrevistas em profundidade e o material foi analisado com base em três dimensões da coprodução - conhecimento, capacidade e motivação. Principais resultados: Essa pesquisa revelou que muitos fatores não-clínicos podem causar a polifarmácia e desencadear fenômenos problemáticos para pessoas nessa condição. Para solucionar esse problema, algumas iniciativas que agregam valor ao paciente foram sugeridas. Contribuições acadêmicas: Essa pesquisa contribuiu para o aumento do conhecimento sobre os fatores não-clínicos da polifarmácia, além de trazer possíveis iniciativas para mitigar essa condição. Também é essencial para o meio acadêmico por existirem poucos estudos focados na polifarmácia em países subdesenvolvidos como o Brasil. Contribuições práticas: Esse estudo propôs diversas intervenções que podem ser usadas pelos médicos como maneira de gerenciar essa condição.