FORMAÇÃO EDUCACIONAL, ATUAÇÃO PROFISSIONAL E SALÁRIOS: (in)compatibilidade no mercado de trabalho brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.61999/abet.1676-4439.2024v23n1.63005Resumo
O objetivo deste artigo é identificar as desigualdades salariais entre trabalhadores com ensino superior completo que atuam e que não atuam em suas áreas de formação no Brasil. Para isso, realiza-se a análise exploratória a partir dos microdados do Censo Demográfico de 2010. Afirma-se a existência de alta concentração de graduados em poucas áreas de formação, sendo maior nas Ciências da Educação, que é predominantemente feminina e de menor remuneração. As áreas com altos rendimentos são, em sua maioria, constituídas por homens e brancos. A atuação profissional compatível à formação educacional leva a salários muito próximos à média salarial da área de formação. O exercício da profissão em situação de overeducation provoca reduções salariais, e a incompatibilidade entre a formação e a atuação profissional realiza punições salariais em relação à média da área de formação. Todavia, há premiação salarial se a atuação ocorre na área de Diretores e Gerentes. Os esforços públicos ou privados para associação entre a educação superior e os postos de trabalho merecem ser considerados como política de empregos e salários no Brasil.
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