TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR EM ASSENTAMENTOS RURAIS

Autores/as

  • Rosemeire Aparecida Scopinho

Resumen

O trabalho cooperado e autogestionário pode contribuir para solucionar os problemas relacionados ao desemprego, à miséria e ao desenraizamento social que afetam a saúde e a integridade biopsicossocial
dos trabalhadores? Estudando assentamentos rurais organizados sob os princípios da cooperação autogestionária, procuro compreender as mudanças ocorridas nas condições de trabalho
e de vida dos trabalhadores rurais. Entende-se que condição de vida não se refere apenas à possibilidade de acesso aos bens de consumo individual e/ou coletivo mas, sobretudo, ao grau de controle que
possam ter os trabalhadores sobre as relações sociais e políticas relativas à organização do trabalho, ao poder de decisão e autogestão. Há dificuldades relacionadas à falta de condições adequadas (crédito,
tecnologia e assistência técnica) para organizar a produção e a comercialização, à falta de infraestrutura (moradia, eletricidade, água, estradas, educação e saúde) para viabilizar a vida societária e à dificuldade de superar a cultura do assalariamento caracterizada pela submissão, dependência e naturalização das cargas de trabalho e dos agravos à saúde. Mas, apesar da escassez de recursos e da
insuficiência das políticas públicas, os trabalhadores sentiam-se menos vulneráveis porque visualizavam a possibilidade de aprender novas formas de promoção da saúde por meio do
associativismo e da agroecologia, que lhes permitia resgatar as tradicionais práticas de cuidado com a saúde e de proteção ambiental ao organizar o trabalho e a vida cotidiana.

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Publicado

2008-06-20

Cómo citar

Scopinho, R. A. (2008). TRABALHO E SAÚDE DO TRABALHADOR EM ASSENTAMENTOS RURAIS. Revista Da ABET, 7(1). Recuperado a partir de https://periodicos.ufpb.br/index.php/abet/article/view/15232