TEXTO E CORPUS EM SEMÂNTICA ESTRUTURAL, DE GREIMAS

Autores

  • Letícia MORAES LIMA Universidade de São Paulo - USP
  • Ivã LOPES Universidade de São Paulo - USP

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.2019v24n2.49830

Resumo

RESUMO. O presente trabalho tem como objetivo recuperar as acepções de texto que se faziam presentes no começo do projeto da semiótica enquanto uma ciência da significação, refazendo os passos da própria teoria. Para esta investigação, escolhemos a obra Semântica Estrutural (1976 [1966]), de Algirdas J. Greimas, considerada o marco para o início da semiótica da Escola de Paris. Discutiremos as acepções que sustentam a noção de texto na fundação da semiótica, perpassando por outros conceitos, tais como o de corpus e de discurso. O trabalho se insere na discussão sobre a delimitação do objeto da semiótica, propondo-se a explicar como o texto pôde, nos anos seguintes, após a publicação de SE, passar de um objeto de substância especificamente linguística para um objeto geral da semiótica, o que resultou em desenvolvimentos na epistemologia, na teoria e na metodologia da própria ciência da significação.

Palavras-chave: Semiótica. Texto. Corpus. Greimas. Semântica textual. Epistemologia.

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Biografia do Autor

Letícia MORAES LIMA, Universidade de São Paulo - USP

Doutoranda em Semiótica e Linguística Geral, na Universidade de São Paulo (USP), com a pesquisa "A noção de texto na semiótica", orientada pelo Dr. Ivã Carlos Lopes (USP), com coorientação do Dr. Sémir Badir (FRS-FNRS, Universidade de Liège). Estágio de Doutorado na Université de Liège, entre novembro de 2018 e outubro de 2019. Sua pesquisa de doutorado discute o texto e a textualidade em objetos semióticos, culturais e digitais. É membro do "Grupo de Estudos Semióticos" (GES-USP) e do grupo "Semiótica: Modelos Teóricos e Descritivos" (USP), cadastrado junto ao Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. Atuou como professora na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) e na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), Faculdades Integradas de Paranaíba (FIPAR). Interessa-se principalmente pelos seguintes temas: semiótica, textualidade, Big Data e sociedade.

Ivã LOPES, Universidade de São Paulo - USP

Graduou-se em Letras pela Universidade de São Paulo e realizou posteriormente o mestrado em Artes e o doutorado em Semiótica e Linguística Geral pela mesma instituição, com estágio-sanduíche na Universidade de Paris X - Nanterre (Michel Arrivé, co-orientador). No ano letivo 2008-2009, fez estágio de pós-doutoramento em semiótica na Universidade de Limoges, França (Jacques Fontanille, supervisor). Durante o primeiro semestre de 2013, estagiou como pós-doutorando na Universidade de Liège, Bélgica (Sémir Badir, supervisor). Professor assistente doutor da FFLCH-USP, leciona na Graduação em Letras e na Pós-Graduação em Semiótica e Linguística Geral. Suas pesquisas e publicações estão voltadas sobretudo para a semiótica e os domínios conexos. Integra o corpo editorial de diferentes periódicos, entre os quais Letras & Letras (UFU), CASA - Cadernos de Semiótica Aplicada (UNESP), Nouveaux Actes Sémiotiques (Université de Limoges), Signata (Université de Liège). Editor responsável pela revista Estudos Semióticos (USP), ao lado do professor José Américo Bezerra Saraiva. Faz parte da equipe internacional de assessores científicos do Fonds National de la Recherche Scientifique (FRS/FNRS, BE) e da coleção "Sigilla" - Presses Universitaires de Liège. Tem traduzido, muitas vezes em colaboração, livros e artigos de diferentes autores, entre os quais Michel Arrivé, Denis Bertrand, Francis Édeline, Jacques Fontanille, Herman Parret, Claude Zilberberg. Atua na área de semiótica e arredores, interessando-se, especialmente, pela epistemologia das ciências da linguagem, pela poética e pela linguística geral.

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Publicado

2019-12-16