O CAMPO SEMÂNTICO-CULTURAL “RELIGIÃO E CRENÇAS” NA OBRA DE LUIZ GONZAGA
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.44v25n1.53243Palavras-chave:
Semântica Cultural: vertente de Contextos e Cenários, Luiz Gonzaga, Português BrasileiroResumo
O trabalho estuda o campo semântico-cultural “religião e crenças” em canções
de Luiz Gonzaga pelos pressupostos teóricos da Semântica Cultural, na vertente
de Contextos e Cenários. Pretende-se demonstrar que a obra gonzaguiana contém
particularidades semântico-culturais de variedades estigmatizadas do Português Brasileiro
que se identificam com a variedade rural nordestina. Neste artigo, fruto de nossa tese de
doutorado, pretendemos identificar e analisar algumas dessas peculiaridades. Para tanto,
os procedimentos metodológicos, fincados em um paradigma qualitativo de investigação
científica, contemplaram pesquisa bibliográfica, audições de música, transcrições
grafemáticas das canções coletadas e visita exploratória ao município de Exu–PE. A
compreensão dos sentidos especializados das lexias empregadas nas canções dependeram
de fatores contextuais e cenariais específicos, usados entre as pessoas mais simples da
área rural. De fato, no repertório linguístico empregado por Gonzaga, os sentidos dos
itens lexicais só foram compreendidos adequadamente, levando-se, necessariamente,
em consideração as influências linguísticas do contexto e, em grande medida, as
extralinguísticas (conjunto de conhecimentos sócio-histórico-culturais).
Downloads
Referências
CASCUDO, Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do folclore brasileiro. 12 ed. São Paulo: Global, 2012 [1979].
CASCUDO. Religião no povo. 2 ed. São Paulo: Global, 2011 [1974].
ECHEVERRIA, Regina. Gonzaguinha e Gonzagão: uma história brasileira. São Paulo, Ediouro, 2006.
FERRAREZI JR., Celso; BASSO, Renato. Semântica, semânticas: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2013.
FERRAREZI JR. Introdução à semântica de contextos e cenários: de la langue à la vie. Campinas/SP: Mercado das Letras, 2010.
HOUAISS, Antônio; VILLAR, Mauro de Sales. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Elaborado pelo Instituto Houaiss de Lexicografia e Banco de Dados da Língua Portuguesa S/C Ltda. 1. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009.
QUEIROZ, Maria Isaura Pereira de. História do cangaço. 2. ed. São Paulo: Global, 1986. RAMALHO, Elba Braga. Luiz Gonzaga: a síntese poética e musical do Sertão. 2. ed. Fortaleza: Expressão Gráfica, 2012 [2000].
SOUTO, Ana Carla Gonçalo. Das folhas às vassouras: o extrativismo do catolé (Syagrus cearensis Noblick) pela população tradicional de Monte Alegre, Pernambuco, Brasil. 115 f. Dissertação. (Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife-PE, 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Declaração de Direito Autoral
Os artigos submetidos a revista Acta Semiotica et Lingvistica estão licenciados conforme CC BY. Para mais informações sobre essa forma de licenciamento, consulte: http://creativecommons.org/licenses/by/4.0
A disponibilização é gratuita na Internet, para que os usuários possam ler, fazer download, copiar, distribuir, imprimir, pesquisar ou referenciar o texto integral dos documentos, processá-los para indexação, utilizá-los como dados de entrada de programas para softwares, ou usá-los para qualquer outro propósito legal, sem barreira financeira, legal ou técnica.
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.