O ESSURE, DA BAYER

SÍMBOLO DA FARMACOPORNOGRAFIA DO ÚTERO FRENTE À RESISTÊNCIA DA MULTIDÃO

Autores

  • Miriam Kenia Carvalho PUC SP
  • Helena Tania KATZ

DOI:

https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.44v25n2.54523

Resumo

O seguinte artigo discorre sobre o controle da subjetividade dos corpos que foram submetidos ao implante Essure, da gigante multinacional Bayer, que prometia a esterilização permanente, sem os riscos da tradicional cirurgia de laqueadura. Um processo rápido, moderno e seguro, com a incorporação de duas pequenas molas nas trompas uterinas. A análise em questão foi feita a partir das premissas do regime da farmacopornografia, subproduto da biopolítica contemporânea. Após o implante, no entanto, os corpos implantados adoeceram. E muito. Doentes, foram descartados pelas instituições médicas e jurídicas. Mas resistem, por meio da multidão. Conectados, os diversos corpos com molas se unem, por meio de redes sociais virtuais, com todas suas singularidades, e produzem o comum. Pela potência da multidão é possível identificar conquistas no direito ao tratamento dos danos causados pelo Essure e até mesmo a produção de uma força política diante da farmacopornografia.

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Biografia do Autor

Miriam Kenia Carvalho, PUC SP

Doutorando da Comunicação e Semiótica PUC SP

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Publicado

2020-08-28