SUBJETIVDADE CONTEMPORÂNEA
REANALISANDO DEFINIDORES
DOI:
https://doi.org/10.22478/ufpb.2446-7006.45v26n3.60568Resumo
Este artigo procura discutir por que as duas cifras tensivas que identificamos em nosso corpus como supostamente representativas da subjetividade contemporânea revelam, na verdade, segundo o quadro teórico que nos guia (ZILBERBERG, 2011), uma incoerência cuja solução passa pelo conceito semiótico de elã. Inicialmente procura-se identificar que traços podem ser reconhecidos como constantes em meio a um variado conjunto de textos bibliográficos que têm tratado da subjetividade contemporânea (BAUMAN, 1998, 2001, 2004; BAUDRILLARD, 2004, 2011, 2015; KEHL, 2015; BENJAMIN, 2012; entre outros). Em seguida, analisamos por que os dois traços encontrados (andamento célere e tonicidade reduzida) desafiam a vertente semiótica que guia este trabalho e resgatamos o conceito de elã como um necessário ajuste para se compreender a maneira como os analistas concebem a subjetividade contemporânea.
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