O caráter nadificador da consciência imaginante

Autores

  • Lucas Rodrigues da Fonseca Lopes Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.2019.50294

Resumo

Este ensaio visa explicitar o conceito de analogon em sua relação com o real. A consciência imaginante tem um modo próprio de intencionar os objetos, operando um ato nadificador que ultrapassa o real. Através do conceito de analogon, essa consciência realiza um movimento no qual, deixa a percepção do real em segundo plano e visa o irreal. A arte, por sua vez, permite questionarmos a tensão entre esses pontos. Segundo Sartre, o objeto estético está no irreal, ele opera a passagem da consciência perceptiva à consciência imaginante. Embora represente uma fuga da realidade, o ato nadificador da consciência imaginante não decorre da alienação do sujeito. A fuga é aparente, dado que, a nadificação da consciência deriva da atividade humana de olhar o mundo e, através da imaginação, visar uma imagem que provoca um reposicionamento diante dele. A obra da arte é a manifestação da liberdade artística de negar o real e, ao mesmo tempo, modificá-lo implicitamente.

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Biografia do Autor

Lucas Rodrigues da Fonseca Lopes, Universidade Estadual de Maringá

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá (2016) e mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá (2019). Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Estética e Filosofia da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: Jean-Paul Sartre, analogon, estética, fenomenologia, imaginário e engajamento.

Arquivos adicionais

Publicado

2020-01-24

Como Citar

Lucas Rodrigues da Fonseca Lopes. (2020). O caráter nadificador da consciência imaginante. Aufklärung: Revista De Filosofia, 7(esp.), p.65–76. https://doi.org/10.18012/arf.2019.50294

Edição

Seção

Artigos