O fundo obscuro da alma: Baumgarten e os fundamentos metafísicos da Estética

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v10i3.65627

Palavras-chave:

Baumgarten, metafísica, estética, espírito, estudos clássicos

Resumo

Este artigo propõe um estudo sobre algumas reflexões filosóficas feitas por Alexander Baumgarten no contexto dos desdobramentos do racionalismo escolástico de Leibniz. Investigarei as teses metafísicas, sobretudo as que explicam a estrutura do conhecimento sensível, a psicologia empírica e as faculdades da gnosiologia inferior. Além disso, veremos de que maneira Baumgarten retoma as teorias clássicas da retórica e da poética para criar seu sistema das artes, examinando o papel das percepções da alma na produção e contemplação da beleza. Por fim, analisaremos de que maneira a estética baumgartiana sintetiza as verdades metafísicas e os estudos clássicos em uma única disciplina filosófica, ao fomentar uma educação cultural de elevação espiritual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Douglas Chaves de Souza, Universidade Federal de Pelotas

Possui graduação e mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e Doutorado em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Referências

ARISTÓTELES. De anima. Trad. Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.

ARISTÓTELES. Poética. Trad. Ana Maria Valente. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2008.

ARISTÓTELES. Retórica. Trad. Manuel Alexandre Júnior, Paulo Farmhouse e Abel N. Pena. Lisboa: Imprensa Nacional Casa da Moeda, 2005.

ARISTÓTELES. Organon: Tópicos.Trad. Pinharanda Gomes. Lisboa: Guimarães Editores, 1987.

BAUMGARTEN, Alexander. Estética: a lógica da arte e do poema. Trad. Mirian Sutter Medeiros. Petrópolis: Editora Vozes, 1993.

BAUMGARTEN, Alexander. Meditationes Philosophicae de nonnullis ad Poema pertinentibus. A cura di Benedetto Croce. Napoli, 1900. [ristampa dell’unica edizione del 1735].

BAUMGARTEN, Alexander. Metaphysica. Halae Magdeburg: Hemmerde, 1739.

BAUMGARTEN, Alexander. Aesthetica. Frankfurt: Kleyb, 1750.

DESCARTES, René. Meditações sobre Filosofia Primeira.Trad. Fausto Castilho. Campinas: Editora Unicamp, 2004.

HEGEL G. W. F. (?). O mais antigo Programa Sistemático do Idealismo Alemão. Trad. Artur Morão. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2009.

KANT, Immanuel. Observações sobre o sentimento do Belo e do Sublime – Ensaio sobre as doenças mentais. Trad. Vinicius de Figueiredo. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

­­­KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. Trad. Manuela Pinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2001.

KANT, Immanuel. Resposta à questão: o que é Esclarecimento? Trad. Vinícius de Figueiredo. IN. Antologia de Textos Filosóficos. Curitiba: SEED-PR, 2009.

KANT, Immanuel. O Conflito das Faculdades. Trad. Artur Morão. Covilhã: Universidade da Beira Interior, 2008.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes. Trad. Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 2007.

LEIBNIZ, G. W. Meditações sobre o Conhecimento, a Verdade e as Idéias. Trad. Vivianne de Castilho Moreira. IN. Dois Pontos. Vol. 2, Nº 1. p. 13-25: Curitiba/São Carlos, 2005.

LEIBNIZ, G. W Monadologia - Discurso de Metafísica. Trad. Marilena Chauí. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Pensadores. Newton-Leibniz).

SCHELLING, F. W. J. Cartas filosóficas sobre o Dogmatismo e o Criticismo. Trad. Rubens Rodrigues Torres Filho. São Paulo: Abril Cultural, 1973. (Coleção Os Pensadores. Fichte-Schelling).

SPINOZA, Baruch. Ética.Trad. Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.

WOLFF, Christian. Psicologia empírica: Prefacio e prolegômenos. Trad. Márcio Suzuki. São Paulo: Editora Clandestina, 2018.

Secundária

AVANCI, Nicole Elouise.A noção de verdade estética no contexto da Estética de Baumgarten. IN. Diaphonía. Vol. 7. Nº 2. p. 77-90: Toledo: 2021.

AVANCI, Nicole Elouise.A estética em Baumgarten e Kant: contrastes. IN. Diaphonía. Vol. 8. Nº 2. p. 50-61: Toledo, 2022.

BORGES, Maria de Lourdes. Psicologia Empírica, Antropologia e Metafísica dos Costumes em Kant. IN. Kant e-Prints.UNICAMP/CLE. Vol. 2, Nº 2. p. 1-10: Campinas, 2003.

HAMM, Christian. O lugar sistemático do Sumo Bem em Kant.IN. Studia Kantiana. Nº 11. p. 41-55: Santa Maria, 2011.

FERREIRA, Ana Rita. Prolegómenos da Estética de Baumgarten. IN. Philosophica. Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Vol. 44. p. 167-174: Lisboa, 2014.

MONGELLI, Lênia Márcia (org.). Trivium e Quadrivium: As artes liberais na Idade Média.Cotia: Editora Íbis, 1999.

TOLLE, Oliver. Luz Estética: A ciência do sensível de Baumgarten entre a arte e a iluminação. 140 pp. Mestrado em Filosofia. FFLCH-USP. São Paulo, 2007.

TREVISAN, Diego Kosbiau. Estética como ciência do sensível em Baumgarten e Kant. IN. ArteFilosofia: os limites da arte. Vol.9, Nº 17. p. 170-181: Ouro Preto, 2014.

VACCARI. Ulisses Razzante. A crítica do jovem Schelling à teologia de Tübingen no contexto da querela do panteísmo. IN. Cadernos Espinosanos USP. Vol. XXXIV. p. 167-192: São Paulo, 2011.

WERLE, Marco Aurélio. O lugar de Kant na fundamentação da estética como disciplina filosófica. IN. Dois Pontos. Vol. 2, Nº 2. p. 129-143: Curitiba/São Carlos, 2005.

Arquivos adicionais

Publicado

2024-03-12

Como Citar

de Souza, D. C. . (2024). O fundo obscuro da alma: Baumgarten e os fundamentos metafísicos da Estética . Aufklärung: Revista De Filosofia, 10(3), p.37–54. https://doi.org/10.18012/arf.v10i3.65627