Da singularidade como acontecimento estético

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18012/arf.v11i2.67686

Palavras-chave:

juízo reflexionante, acontecimento estético, singular e universal em Kant, política em Kant

Resumo

Partindo de um experimento mental, exploro como a forma usual para falarmos de experiências subjetivas não leva em consideração sua mediação por uma forma de vida, que enseja problematizar uma noção unitária e essencialista de identidade. Faço-o ao examinar algumas tensões imanentes ao modo como Kant modifica a relação entre singular e universal na passagem de sua primeira à sua terceira Crítica. Ali, volto-me ao juízo reflexionante enquanto surgimento da singularidade como acontecimento não-conceitualmente apreensível. Termino sugerindo uma aproximação entre o modelo estético de singularidade, que surge com a terceira Crítica, e a mobilização política de experiências subjetivas.

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Biografia do Autor

Pedro Pennycook, Universidade Federal de Pernambuco

Doutorando em Filosofia na University of Kentucky, com bolsa CAPES-Fulbright de doutorado pleno.
Mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Pernambuco

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Arquivos adicionais

Publicado

2024-10-03

Como Citar

Pennycook, P. (2024). Da singularidade como acontecimento estético. Aufklärung: Journal of Philosophy, 11(2), p.151–164. https://doi.org/10.18012/arf.v11i2.67686

Edição

Seção

Artigos