Consequências Políticas do Construtivismo Social
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v11i2.68769Palavras-chave:
Construtivismo Social, Filosofia da Ciência, Novos movimentos sociais, Identitarismo, MinoriasResumo
Os assim chamados ‘Novos Movimentos Sociais' (feministas, LGBTQIA+ e racialistas) em grande parte abandonaram as tradições liberal e marxista e abraçaram teses relativistas, se alinhando ao que é chamado atualmente de ‘Identity Politics’ ou ‘Identitarismo’. As teses principais desses grupos têm forte influência do Construtivismo Social em Sociologia da Ciência, e acabam gerando consequências opostas às pretendidas quando aplicadas à política. Identificamos aqui sete dessas consequências: a dissolução do conceito de sujeito ativo, a justificação do autoritarismo e da violência política, o antirrealismo, a transformação da luta pela mudança da realidade em luta pela mudança da linguagem, a deslegitimação de conquistas culturais da humanidade, a dissolução de critérios de validação do conhecimento e a justificação do fundamentalismo religioso. É necessária a discussão crítica das bases teóricas desse tipo de atuação política, assim como das consequências já visíveis desta na sociedade, antes que causem um maior retrocesso nos direitos das minorias.
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