Os deslocamentos do particular na estética de Theodor Adorno
DOI:
https://doi.org/10.18012/arf.v11i3.70519Palavras-chave:
Adorno, Deslocamento, Hegel, Obra de arte, ParticularResumo
O propósito deste trabalho é delimitar e colocar em perspectiva o lugar do particular na estética de Theodor Adorno, a partir de seus deslocamentos, sobretudo no que concerne: 1) à relação entre obras de arte específicas e a tradição; 2) à relação entre as obras de arte consigo mesmas e com a sociedade; e, 3) à relação entre o particular e o universal – como apropriação crítica do pensamento de Hegel por Adorno, explícitas em obras específicas de Beethoven e Berg. A justaposição relacional, tal como sobrescritas nos três tópicos, permitirá perceber os efeitos dos deslocamentos do particular que, uma vez configurado no seio das obras de arte, se estabelece enquanto negação e crítica do estado de coisas vigente, na medida em que aponta para as contradições do tecido social, mas, negando seu modus operandi, ao se afigurar como um modo de totalidade não coercitiva do universal sobre o particular, no âmbito da qual o particular se move e, ao se mover, determina a si mesmo e determina o universal. É esse modo de determinação, efetuado pelos deslocamentos do particular, que posicionará a obra de arte como um agente articulador – desde seu interior – de modos possíveis e distintos dos modos vigentes de se conhecer e viver em sociedade.
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