Parasitoses gastrintestinais de caprinos e ovinos comercializados na feira de animais de Tabira, Sertão de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.25066/agrotec.v39i1.32872Palavras-chave:
Anemia, Doenças parasitárias, Haemonchus sp., OPG, Pequenos ruminantesResumo
No Nordeste do Brasil, muitos produtores utilizam a venda de animais vivos em feiras livres como principal via de comercialização de seus animais. Embora contribuam para o desenvolvimento econômico e social, essas feiras tornam-se facilitadoras no processo de transmissão e disseminação de doenças parasitárias. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi caracterizar a ocorrência de parasitismo gastrintestinal em caprinos e ovinos comercializados na feira de animais de Tabira, estado de Pernambuco. Foram coletadas fezes e sangue de 84 caprinos e 92 ovinos, entre novembro de 2014 e janeiro de 2015. Os caprinos apresentaram frequência de 70,24% e os ovinos 78,26% de animais positivos na contagem de ovos por grama de fezes (OPG). As fêmeas caprinas (75,44%) e os machos ovinos (82,93%) adultos foram mais acometidos. Os caprinos apresentaram maior média de OPG (2.431), maior proporção de anemia (40,68%) e maiores níveis de infecção pesada (11,87%) e fatal (20,34%) em comparação aos ovinos (1203; 20,86%; 9,72% e 15,28%, respectivamente). Na coprocultura, larvas de Haemonchus sp. foram as mais frequentes, tanto em caprinos (90,34%), quanto em ovinos (91,87%). Os caprinos e ovinos comercializados na feira de animais de Tabira, estado de Pernambuco, são acometidos por grandes cargas parasitárias, sugerindo maiores cuidados dos proprietários quando da aquisição de animais nesses recintos, a fim de evitar maiores prejuízos.