CINEMA E PÓS-HUMANISMO
Resumo
O cinema, em sua origem, tem como função entreter, transportar o espectador para aquela realidade apresentada na tela. Algumas vezes o que nos é apresentado parece irreal, mas esquecemos que a principal característica da sociedade tecnológica é a evolução constante da ciência; por isso alguns filmes nada mais são que um reflexo das discussões do “mundo real” que, de uma forma ou de outra, giram em torno do uso, indevido ou não, da técnica naquilo que é natural. Com base no argumento de Paula Sibília acerca do homem pós-orgânico, travaremos uma discussão entre as duas tradições de pensamento sobre a técnica – a prometéica e a fáustica –, tendo por objeto parte da produção cinematográfica recente. A tradição prometéica visa à dominação racional da natureza de maneira controlada e limitada, e a fáustica é movida por um impulso para o domínio total do orgânico e para a criação do que se chamaria pós-humano, postulando a obsolescência do humano. Por ser parte de um trabalho de monografia de conclusão de curso, a comunicação fará uso dos filmes Amnésia e Blade Runner para exemplificar os dois parâmetros e, ainda, a hipótese de um terceiro: o imbricamento do técnico e do orgânico.
Palavras-chave: pós-humanismo; cinema; corpo pós-orgânico.
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