O MICROCRÉDITO EM JOÃO PESSOA
Resumo
Este estudo trata de descrever e refletir sobre as propostas que vêm sendo implementadas no Brasil sob a designação de microcrédito como mecanismo de combate e erradicação da pobreza. É um fenômeno que se origina em Bangladesh e espalha-se para todo o mundo. No Brasil, ganha corpo na década de 90, embora os primeiros empreendimentos datem da década anterior. Inicialmente, esteve ligado à ação de ONG´s e em seguida foi incorporado como parte de políticas públicas de geração de emprego e renda. O Banco do Nordeste, nesse campo, é um dos que mais se destaca, possuindo uma carteira bastante volumosa. Dentre as modalidades adotadas pelo BNB, existe o Crediamigo que funciona como crédito solidário, isto é, microfinanciamento de quantias que não ultrapassam R$ 8.000,00 (oito mil reais), individualmente, a grupos de cinco pessoas que criam uma rede cujo propósito é garantir o retorno através de aval solidário. A filosofia do microcrédito diferencias e dos modelos tradicionais de empréstimos ao modificar os padrões rígidos dos bancos tradicionais, que são pautados em princípios de controle de risco, o que os obriga a emprestar somente aos que possuem renda fixa, alta e comprovada. O microcrédito celebrizou-se por emprestar dinheiro aos pobres, àqueles que sempre permaneceram à margem do sistema financeiro tradicional. Aqui, nos ocupamos em refletir, a partir da experiência concreta do Crediamigo em João Pessoa, sobre algumas questões que interessam ao cientista social: o microcrédito é uma solução efetiva para erradicar a pobreza? Que tipo de desenvolvimento, os seus defensores têm pregado? Na prática e na ótica dos microfinanciados, os resultados estão sendo alcançados? O estudo leva a alguns questionamentos sobre a efetividade de tais propostas, sem, contudo, esquecer dos avanços conseguidos pelo microcrédito.
PALAVRAS-CHAVE: Microcrédito; Crediamigo; Desenvolvimento Social.
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