QUEM CONTROLA O ORÇAMENTO? APONTAMENTOS SOBRE O TIMING DE LIBERAÇÃO DAS EMENDAS ORÇAMENTÁRIAS INDIVIDUAIS

Autores

  • Raul Wesley Leal Bonfim Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
  • Vítor Eduardo Veras de Sandes-Freitas Universidade Federal do Piauí

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n23.48178.p139-156

Palavras-chave:

Executivo, Legislativo, Orçamento Federal, Emendas Parlamentares Individuais.

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar a influência do Poder Executivo sobre o ciclo financeiro e orçamentário das emendas parlamentares individuais. É consenso na literatura, que o Executivo possui o domínio legal sobre o orçamento e, consequentemente, sobre a liberação das emendas orçamentárias. No entanto, ainda não foram explorados quais mecanismos do orçamento permitem ao Executivo controlar o timing e o volume dos recursos liberados. A partir disso, questiona-se: dado o formato do ordenamento financeiro e orçamentário brasileiro, no qual as emendas individuais estão submetidas, como o Poder Executivo consegue influenciar o volume de recursos pagos referentes às emendas individuais solicitadas pelos deputados federais brasileiros na Lei Orçamentária Anual (LOA)? Os achados deste artigo apontam que o ciclo financeiro e orçamentário, que compreende as emendas individuais, caracteriza-se pelo seu alto grau de subordinação ao Poder Executivo. Dito de outra forma, o Poder Executivo é capaz de dissipar as preferências do Poder Legislativo alterando os valores das emendas individuais aprovadas na LOA, em todos os estágios do seu ciclo financeiro e orçamentário.

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Biografia do Autor

Raul Wesley Leal Bonfim, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doutorando em Cência Política (UNICAMP)

Área: estudos legislativos

Vítor Eduardo Veras de Sandes-Freitas, Universidade Federal do Piauí

Professor Adjunto da Universidade Federal do Piauí (UFPI/Brasil). Doutor em Ciência Política pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp/Brasil).

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Publicado

2019-12-28

Edição

Seção

DOSSIÊ ESTUDOS LEGISLATIVOS NO BRASIL: agendas de pesquisa