A POLÍTICA DE ESTABILIZAÇÃO DE PREÇOS DO BANCO CENTRAL DO BRASIL É JUSTA? Uma aplicação da teoria de John Rawls

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n26.55897.p198-218

Palavras-chave:

John Rawls , Teoria da Justiça, Análise de Políticas Públicas, VAR

Resumo

Esse artigo busca aplicar a filosofia de John Rawls sobre um tema contemporâneo de que ele não tratou diretamente: a política de estabilização de preços. Partindo do caso brasileiro, estuda-se a aplicação de juros de curto prazo, pelo Banco Central do Brasil (BCB), como instrumento para estabilizar os preços. Argumenta-se que tal intervenção gera uma redistribuição desigual de recursos, o que motiva a julgá-la à luz de um dos critérios rawlsianos de justiça, segundo o qual, uma instituição é justa se suas desigualdades são justificáveis em virtude dos benefícios que trazem aos grupos menos favorecidos. Mediante a estimação de um modelo de vetores autorregressivos, explora-se a suposição de que tal política esteja, de fato, associada ao benefício coletivo que prevê (a saber, estabilidade de preços). Finalmente, a discussão teórica e empírica constata a pertinência da teoria de Rawls sobre esse objeto, e conclui que a política do BCB não é justa.

 

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Biografia do Autor

Pedro Marques, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em Ciência Política pela UFPE/Brasil. ID Lattes: 6665544623357743.

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Publicado

2021-06-12