A ARTE DESAFIA O PRINCÍPIO DA RAZÃO? Reflexões sobre arte e política a partir do pensamento de Herbert Marcuse

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46906/caos.n30.65860.p18-38

Palavras-chave:

arte, política, alienação da arte, dessublimação repressiva.

Resumo

Neste artigo, busca-se analisar e discutir paradigmas da arte política a partir de Herbert Marcuse, especialmente por meio dos conceitos de “alienação da arte” e “dessublimação repressiva”. Nesta análise, observa-se os sentidos dados à arte, sua dimensão revolucionária ou reificada tendo em vista o contexto recente de censura e perseguição às artes com a ascensão da extrema direita no Brasil. A aproximação com a teoria crítica se estabelece, inicialmente, considerando a crítica à noção de progresso e de razão instrumental feitas por Adorno e Horkheimer no livro Dialética do esclarecimento, de modo a identificar convergências acerca do fenômeno da fascistização do pensamento político e do potencial revolucionário da arte nos diferentes contextos históricos. Em diálogo com autores contemporâneos, como o crítico de arte Hal Foster, a escritora Walidah Imarisha, e a performance-instalação Vote nu de Natasha de Albuquerque, o artigo aponta caminhos para pensar as dimensões emancipatórias da arte na contemporaneidade.

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Biografia do Autor

Isaura Tupiniquim, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Isaura Tupiniquim é multiartista e pesquisadora. Licenciada e mestre em dança pela Universidade Federal da Bahia (bolsa Capes), onde também atuou como professora substituta. Doutoranda em Sociologia na Universidade Federal da Paraíba (bolsa Capes), onde desenvolve tese sobre os ataques e censuras contras artistas do corpo no Brasil com a ascensão da extrema direita na política. É psicanalista em formação na Associação Livre de Estudos em Psicanálise – ALCEP. Foi artista residente em Paris-França na Cité Internationale des Arts e Centre National de la Danse em 2022, onde desenvolveu o projeto DEBACLE. Currículo Lattes.

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Publicado

2023-06-01

Edição

Seção

DOSSIÊ TEORIA CRÍTICA