O músico sob controle: o processo de licenciamento na primeira metade do século XVIII

Autores

  • Diósnio Machado Neto

Resumo

Na relação administrativa entre a Metrópole portuguesa e a colônia americana, as formas de rituais, principalmente as religiosas, constituíam um importante capital de trânsito ideológico. Na regência de Dom João V, políticas de correção social foram implementadas a partir de uma relação intrínseca entre Coroa e Igreja, refletindo a própria monarquia joanina e sua vocação mística. Num processo nem sempre nítido, nem sempre coeso, Estado e Igreja compartilhavam a missão civilizatória, tratando de impor instrumentos de controle do capital ideológico. A Igreja, que desde o final do século XVII assumiu o estanco da música como ação administrativa institucional, desdobrou sua inserção nas tarefas de controle do espetáculo litúrgico, impetrando o licenciamento dos músicos. Este texto trata justamente da análise desses processos e de suas consequências no estabelecimento da prática musical no Brasil durante a primeira metade do século XVIII.
Palavras-Chaves: Música colonial. Igreja no Brasil. Licenciamento. Administração no Brasil colonial

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